Março é o mês da data-base (reajuste) firmado em contrato para que a tarifa de ônibus seja aumentada. O novo valor é definido pela Prefeitura, após estudos técnicos que comprovem a necessidade do percentual a mais. O prefeito Alcides Bernal sinalizou que reajuste acontecerá.
“A tarifa do ônibus já é alta, mas vamos analisar a questão contratual e os técnicos da prefeitura já estão fazendo os estudos”, disse o prefeito em agenda pública na quarta-feira (20). O consórcio Guaicurus divulgou que as empresas de ônibus prestam o serviço desde março e que já completaram um ano de serviço para o reajuste.
Segundo a concessionária, as contabilidades das empresas são abertas para a prefeitura e a partir de todos os gastos e ganhos será baseado o percentual. Combustível e a compra de 30 novos veículos foram citados como grandes gastos, sem contar os salários dos funcionários que todo ano são reajustados baseados na inflação, em torno de 6,15%.
Se o cálculo do novo reajuste da tarifa se basear no valor da inflação acumulada nos últimos 12 meses, o novo preço fecharia em R$ 3,02. Porém, o índice levantado pelos técnicos, sem previsão de divulgação, pode ser ou não aprovado pelo prefeito.
Se aprovado neste valor, Campo Grande terá o passe de ônibus mais caro do Brasil. Por enquanto está em terceiro lugar, com o valor de R$ 2,85, perdendo para Florianópolis (R$ 2,90) e São Paulo (R$ 3,00).
Enquanto isso, o Ministério Público Estadual instaurou um procedimento administrativo para acompanhar reajuste tarifário do transporte coletivo. Em caso de eventual ilegalidade lesiva a interesses dos usuários-consumidores, o Ministério Público Estadual pode vir a instaurar Inquérito Civil e adotar outras medidas extrajudiciais ou judiciais pertinentes.
O Consórcio Guaicurus é formado por pelas empresas Viação Cidade Morena, empresa líder, Viação São Francisco, Jaguar Transportes Urbanos e Viação Campo Grande e ganhou via licitação pública o direito de operar o transporte na capital durante os próximos 20 anos.