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Saúde e Bem Estar Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025, 07:58 - A | A

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Suspenso

Sem acordo, impasse entre médicos e Santa Casa adia solução para dezembro

Hospital afirma não ter condições financeiras de propor pagamento dos salários atrasados

Viviane Freitas
Capital News

A audiência de conciliação entre o Sinmed/MS e a Santa Casa de Campo Grande terminou sem acordo e com o processo suspenso até 5 de dezembro. O encontro, realizado nesta quinta-feira (13), discutia o pagamento dos médicos contratados como pessoa jurídica, que estão há cinco meses sem receber. O sindicato cobrou que fosse definido um prazo para quitação da folha, reforçando que a situação tem causado prejuízos significativos aos profissionais.

A Santa Casa declarou que não possui condições financeiras de apresentar qualquer proposta até que o poder público responda sobre a recomposição dos valores repassados ao hospital — solicitação que, segundo a entidade, está pendente há 15 meses. Representantes do hospital afirmaram que aguardam uma definição do Estado e do município até o fim de novembro. “Não temos a menor condição econômica e financeira de fazer uma proposta verdadeira neste momento. No dia em que conseguirmos acertar isso com o poder público, nós pagamos”, informou a instituição.

Diante do impasse, o advogado do Sinmed/MS, Márcio Almeida, sugeriu suspender a audiência para aguardar o retorno dos governos estadual e municipal, o que foi aceito por todos os presentes. Até o momento, não houve detalhamento de quantos médicos estão sem pagamento. A ação movida pelo sindicato trata apenas dos profissionais sindicalizados. A reunião contou com representantes da Santa Casa, do MPMS e do Sinmed/MS.

A crise financeira da Santa Casa vem se agravando desde setembro de 2025. O hospital suspendeu cirurgias eletivas, médicos PJ paralisaram as atividades e anestesistas também aderiram ao movimento em outubro. A instituição afirma que opera com repasses congelados desde 2023, enquanto absorve mais da metade da demanda hospitalar de Campo Grande. A direção pede renovação e reajuste do convênio — atualmente em R$ 32,7 milhões — para R$ 45,9 milhões, além de recomposição retroativa dos valores não reajustados nos últimos dois anos.

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