O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), confirmou nesta quarta-feira (18) que realmente houve a indicação do ex-reitor da Uniderp, Pedro Chaves dos Santos Filho, e do diretor-executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Salim Chead, para assumirem a Junta de Intervenção da Santa Casa da Capital.
Chaves deve substituir o presidente da Junta, Rubens Trombini, e Chead, o diretor administrativo, Natalício de Almeida, que retornam para a administração pública municipal. Trad, disse, entretanto, que antes de qualquer mudança aguarda uma definição da Justiça sobre a continuidade ou não Junta na administração do hospital.
“Os nomes foram indicados, mas nós temos que esperar. Qualquer coisa agora é prematura. Temos que esperar uma definição da Justiça e isso pode demorar até 30 dias. Enquanto isso não tem mudança nenhuma. As coisas continuam como estão”, disse o prefeito ao Portal TV Morena.
Posição do MPE
O Ministério Público Estadual, Federal e do Trabalho manifestaram-se favoráveis a continuidade da Junta de Intervenção na administração da Santa Casa de Campo Grande. O parecer foi entregue ontem à tarde ao juiz Dorival Moreira dos Santos, da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos que agora irá definir a responsabilidade pela gestão do hospital.
No dia 20 de dezembro de 2007, o juiz havia determinado que a Junta – encabeçada pelo Município, com participação do Estado e da União – permanecesse à frente da Santa Casa por um ano. Após esse período, a Justiça iria avaliar o desempenho e definir se a gestão permaneceria ou não com o grupo, que havia tomado o lugar da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG).
Em janeiro de 2008 a diretoria da associação contestou a decisão de Dorival dos Santos e entrou com um recurso no TJ/MS. Em caráter liminar, o desembargador Hamilton Carli determinou que a administração do hospital voltasse para a ABCG. O Ministério Público Estadual entrou na disputa e contestou, apelando para o presidente do TJ/MS, João Carlos Brandes Garcia, que cassou a decisão do colega e mandou que a gestão retornasse para a Junta Administrativa.
Mesmo com o fim do prazo judicial – 20 de dezembro de 2008 – a Junta Administrativa ainda pemanece na gestão do hospital até a nova decisão de Dorival dos Santos. Ontem à tarde, a promotora Sara Francisco da Silva entregou a manifestação conjunta feita com o Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal. (TV Morena)