A Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), em nome dos produtores rurais divulgou uma nota de repúdio nesta terça-feira (10) onde condena o samba enredo da Escola Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro (RJ). No carnaval 2017, o tema será "Xingu, o clamor que vem da floresta".
O samba enredo da Escola tem como trechos "o índio luta pela sua terra, da imperatriz vem seu grito de guerra, salve o verde do Xingu, a esperança do amanhã". Apesar da nota de repúdio, a letra não cita Mato Grosso do Sul, mas faz uma crítica nacional ao desmatamento que seria provocado pelo agronegócio. Além disto, tece uma homenagem às populações indígenas, que viveriam em harmonia com a natureza. Ouça aqui.
Na visão da Acrissul, o samba enredo "deturparia" o setor apropecuário. “Com extremo desconhecimento da causa e da história, manifesta em sua composição uma versão odiosa, repugnante e preconceituosa, totalmente distorcida do setor agropecuário brasileiro, repassando uma imagem de destruidor de florestas e da natureza, invasor e monstro”.
Ainda de acordo com a nota, a Escola de Samba ignoraria que o Brasil conquistou em 2016 "os mais exigentes mercados consumidores de carnes, inclusive os Estados Unidos" e que "o País exporta pesquisas agropecuária para o mundo inteiro, sob o verde selo da sustentabilidade e do respeito ao Homem e à Natureza”.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Imperatriz Leopoldinense, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.