O policial rodoviário federal Ricardo Hyn Su Moon, de 49 anos, foi condenado 23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. A condenação é referente ao assassinato do empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33, e pela tentativa de homicídio contra Vinícius Cauã Ortiz Simões e Agnaldo Espinosa da Silva, 51 anos.
O júri foi presidido pela juíza Denize de Barros Dodero, na última quinta-feira (31) e durou o dia todo. Ela determinou a pena de 14 anos pelo assassinato de Adriano e quatro anos e oito meses para cada tentativa. Moon poderá recorrer em liberdade.
Em apoio ao policial, colegas de serviço vestiram camisa azul, já que foi proibida qualquer tipo de manifestação. A família de Adriano também acompanhou o julgamento.
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Crime - Ricardo e Adriano teriam se desentendido em uma briga de trânsito no dia 31 de dezembro de 2016. O autor e Adriano discutiram após a vítima, que dirigia uma caminhonete, “fechar” o carro do policial na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua 26 de Agosto. Moon abordou as vítimas, descendo do veículo, identificando-se como policial e chamou reforço.
As vítimas desceram do carro e solicitaram que o acusado mostrasse sua identificação visto que, pela vestimenta que trajava, não era possível saber se era mesmo policial rodoviário federal.
Diante da recusa do réu, eles retornaram ao carro e Adriano ligou a camionete iniciando manobra para desviar do veículo do réu, que estava impedindo sua passagem. Quando iniciou o deslocamento, o policial efetuou disparos na direção do carro, que se chocou com um poste de iluminação.
O PRF alega que somente atirou porque a caminhonete avançou contra ele. Já a acusação diz que Adriano levou um tiro e depois acelerou o veículo. Contudo, depoimento de testemunha apontou que os três primeiros tiros não acertaram Adriano.