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Cotidiano Sábado, 05 de Novembro de 2011, 12:41 - A | A

Sábado, 05 de Novembro de 2011, 12h:41 - A | A

Moradores cobram agilidade para acabar com cratera

Da Redação (VB)

Moradores do Nova Lima e Jardim Presidente cobram agilidade na recuperação de estragos das chuvas. Na Rua Marquês de Herval, no Nova Lima, uma enorme cratera ameaça imóveis.

Segundo informações repassadas em reunião realizada ontem na sede da União Estadual de Usuários do Transporte Coletivo (Ussiter) no bairro Jardim Presidente, o projeto para recuperação do local estaria orçado em R$ 13 milhões.

Conforme os moradores, há cerca de um ano R$ 5 milhões já tinha sido gastos no mesmo lugar, porém com a primeira chuva forte após a seca o problema voltou a aparecer, ainda mais agravado.

Casas correm o risco de serem interditadas, ou engolidas pelo buraco, caso nova chuva volumosa ocorra.

Em decreto publicado ontem, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) declarou situação de emergência no local.

Participaram da reunião moradores do entorno e representantes da Comissão de Meio Ambiente da OAB-MS, da Fuconams, Cedampo, Ussiter, Central dos Movimentos Populares e Associação de Defesa do Consumidor.

Os moradores e as entidades vão cobrar que as obras saiam seja com recurso federal ou não.

“Não é possível que a prefeitura não tenha verba, nem tenha colocado no orçamento, recursos para uma obra emergencial como esta. Isto não é um problema novo. Chegou-se num ponto em que não dá mais para esperar”, afirma Haroldo Borralho, do Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares).

O engenheiro Jorge Gonda, da Fundação para Conservação da Natureza (Fuconams), avalia que até agora o buraco foi simplesmente tapado, sem um projeto de engenharia consistente.
“Não basta aterrar. Se não fizer obra de contenção bem feita e planejamento do escoamento o problema voltará. E para isso precisa de um estudo detalhado”, opina.

Lixo

Foi denunciado na reunião, por moradores, que o buraco está sendo tapado com lixo de todo tipo, tais como lixo orgânico, restos de automóveis, pneus, e até animais mortos, gerando proliferação de insetos, como moscas e mosquistos, ratos, baratas, etc.

Segundo Antonio Aparecido Duarte, da Ussiter, isso é um crime ambiental pois a região é uma área de nascentes cujas águas são usadas em hortas e para criação de animais.

A comissão de Meio Ambiente da OAB-MS esteve representada na reunião pela advogada Clara Kaplan, que afirmou a OAB está preocupada com a questão e quer acompanhar a situação, inclusive, nos seus desdobramentos jurídicos, junto ao Ministério Público e demais esferas representativas.

O grupo de entidades pretende protocolar pedido de intervenção do Ministério Público do Meio Ambiente no caso.

Também devem formalizar junto à prefeitura e Câmara pedido para que o projeto que justifica os R$ 13 milhões venha a público.

Os moradores querem também a participação popular na elaboração do projeto, bem como controle social do que será gasto, afinal, presume-se serão recursos federais. Pedem também que o projeto seja debatido no Conselho Municipal de Meio Ambiente. 

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Foto: Divulgação

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