A forte recuperação da navegação no Rio Paraguai reacendeu discussões no governo federal sobre a ampliação da hidrovia Paraguai–Paraná. Em visita a Cáceres, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que “a hidrovia do Paraguai é essencial” e defendeu ações que garantam a navegabilidade, inclusive no Tramo Norte. A proposta integra o projeto de Rotas de Integração Sul-Americana, que busca conectar Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai por modais combinados.
Entre janeiro e setembro, o Rio Paraguai registrou níveis favoráveis e impulsionou o transporte internacional, com foco no mercado chinês. A Antaq autorizou contrato para instalação de um novo terminal privado em Porto Murtinho, iniciativa voltada a ampliar a capacidade logística da região. O empreendimento ocupará mais de 100 mil m² e aguarda análise final do Ministério de Portos e Aeroportos.
O destaque do período foi o salto expressivo na movimentação total: 7,6 milhões de toneladas, aumento de 173% em relação ao ano anterior. Desse volume, 7 milhões de toneladas foram de minério de ferro extraído em Corumbá e Ladário. Os portos mais ativos — Gregório Curvo, Vetorial Logística e Granel Química — concentraram praticamente toda a carga mineral que seguiu hidrovia abaixo.
Com a perspectiva de novos recordes, a expectativa de concessão da hidrovia permanece em avaliação e deve avançar apenas em 2026. Para o Ministério do Planejamento, a sustentabilidade e o caráter multimodal são pontos centrais. Como afirmou o coordenador Murilo Lubambo, “não estamos nos concentrando apenas no transporte rodoviário, mas incorporando ferrovias e hidrovias”. O modal fluvial segue, assim, como peça-chave para a integração da região e a redução de custos logísticos.
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