O minério de ferro e o manganês extraídos em Corumbá percorrem cerca de 2,5 mil km até terminais argentinos e uruguaios ao longo do rio da Prata, usando caminhões, trens e barcaças. “Cerca de 4 milhões de toneladas seguem por essa rota todos os anos, em uma operação silenciosa, mas estratégica”, afirma Dino Antunes, secretário nacional de Hidrovias.
A concessão do trecho sul da Hidrovia do Paraguai, prevista para 2026, será o primeiro projeto do tipo no país. O edital prevê dragagem regular, balizamento, sinalização e gestão ambiental e de tráfego ao longo de 600 km entre Corumbá e a foz do rio Apa, próxima à fronteira com o Paraguai. O objetivo é manter calado mínimo durante o ano e reduzir interrupções causadas pela estiagem, que hoje podem ultrapassar dois meses.
No Mato Grosso do Sul, os investimentos privados avançam em Porto Esperança e Porto Murtinho, pontos estratégicos da rota fluvial. “A expectativa é que a gestão seja muito mais eficiente, permitindo operar durante todo o ano e consolidar os investimentos privados nos terminais”, explica Jaime Verruck, secretário estadual de Infraestrutura. O foco é transformar Porto Murtinho em um polo logístico de exportação, com quatro terminais privados previstos em dois anos.
O projeto também faz parte de um corredor de integração latino-americano, conectando Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai por via fluvial. Além de ampliar o transporte de minério — que pode chegar a 25 milhões de toneladas nos próximos anos —, a concessão representa um avanço na gestão ambiental da hidrovia, com potencial para ser replicada em outras rotas estratégicas do país.
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