O Ministério dos Transportes, por meio da Secretaria de Articulação e Monitoramento (SAM) da Casa Civil, anunciou a inclusão de trechos das BRs 267, 262 e 419, que cortam o Bioma Pantanal, em ações de prevenção e combate a incêndios. A medida foi proposta com o objetivo de conter queimadas durante o período de estiagem, reforçando a segurança nas faixas de domínio dessas rodovias.
A solicitação foi feita no dia 30 de maio pela Secretária Júlia Rodrigues, da SAM, que destacou o risco desses trechos, mencionando que “essas faixas acumulam material vegetal seco e inflamável, frequentemente sendo vetores de propagação de incêndios”. Ela ainda reforçou a importância dessas rodovias como rotas estratégicas para o acesso de equipes de resposta a incêndios.
O pedido surgiu após uma reunião da Sala de Situação Interministerial de Prevenção e Combate ao Incêndio, onde o Ibama, os estados e o ICMBio apontaram a necessidade de ações mais eficazes ao longo das rodovias federais. A proposta é realizar um mapeamento detalhado dessas áreas com base em dados sobre focos de calor e risco de incêndios. “A execução coordenada de limpeza e roçagem nas faixas de domínio é essencial para reduzir o risco de ignição e propagação do fogo”, afirmou a Casa Civil.
Além disso, o Ministério dos Transportes e o DNIT trabalharão para ajustar contratos e normativas, a fim de aprimorar a resposta ao combate aos incêndios. A ANTT também está envolvida, com o objetivo de implementar medidas preventivas ao longo das rodovias federais, já que muitos incêndios são causados por pessoas que transitam pela região. “Esses incêndios muitas vezes são provocados intencionalmente, aproveitando-se da vegetação nas margens das rodovias”, explicou um documento da ANTT.
O DNIT já realiza serviços de manutenção e conservação nas rodovias federais, incluindo roçada e capina manual, com o objetivo de melhorar a segurança e prevenir incêndios. A ANTT, por sua vez, participa ativamente do Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul, que coordena ações de prevenção, preparação e resposta. Essa iniciativa é uma resposta à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 743, que trata da proteção ambiental nos biomas Amazônia e Pantanal.
