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Executivo Sexta-feira, 08 de Agosto de 2025, 16:51 - A | A

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Manipulação de preços

Cade investiga Petrobras e Ipiranga por suspeita de pacto de não agressão em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso

Empresas teriam dificultado troca de bandeira em postos de combustíveis entre 2011 e 2018, segundo órgão

Elaine Oliveira
Capital News

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo administrativo contra as distribuidoras Petrobras Distribuidora (hoje Vibra Energia) e Ipiranga Produtos de Petróleo por suposto acordo de reserva de mercado em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso, entre os anos de 2011 e 2018.

De acordo com o Cade, há indícios de que as empresas mantinham um “pacto de não agressão”, comprometendo a livre concorrência ao dificultar a troca de bandeiras por postos revendedores. Essa prática pode ter reduzido o poder de negociação dos postos e limitado a atuação de distribuidoras concorrentes.

As suspeitas surgiram a partir de evidências reunidas pela Operação Margem Controlada, deflagrada em 2018 pela Polícia Civil e Ministério Público do Paraná. A operação investigou manipulação de preços em postos bandeirados de Curitiba.

Segundo nota técnica do Cade, o suposto pacto consistia em impedir que as distribuidoras abordassem postos que tivessem encerrado contrato com outra marca por um período de até um ano, forçando-os a operar como "bandeira branca", sem novas ofertas de embandeiramento. O órgão aponta que a prática pode ter criado reservas artificiais de mercado.

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