A Comissão Especial de Licitação retomou nesta sexta-feira (21), em reunião realizada na Central Municipal de Compras e Licitações, o processo de licitação para contratação da nova empresa ou consórcio que vai explorar por 20 anos o transporte coletivo urbano na Capital. A concorrência prevê a modalidade maior oferta, melhor técnica.
Sem interposição de recurso na primeira fase, já concluída, o certame iniciou a próxima etapa de análise dos envelopes da Proposta Técnica. Participam da concorrência o Consórcio Guaicurus - formado pelas empresas Viação Cidade Morena, São Francisco, Jaguar Transportes Urbanos Ltda e Viação Campo Grande Ltda - e a empresa de Curitiba (PR), Auto Viação Redentor Ltda.
De acordo com o presidente da Comissão Especial de Licitação, Bertholdo Figueiró, foram abertos os documentos das propostas técnicas dos participantes do certame, sendo suspenso o processo licitatório para acurada análise da documentação. A auto Viação Redentor Ltda apresentou um volume contendo 15 folhas. A documentação do Consórcio Guaicurus apresentada consta de um volume contendo 75 folhas.
A expectativa da Comissão é de que até o final da próxima semana os trabalhos estejam concluídos e sejam apresentados os resultados da Proposta Técnica. A partir daí, será dado o prazo de cinco dias para recurso. Caso não haja interposição, será marcada e publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) a continuidade do processo com a abertura da análise de preço.
Campo Grande conta com uma frota de 551 ônibus, sendo que deste total 451 veículos já estão adaptados com elevador. O número atual de usuários ultrapassa a marca de 190 mil passageiros por dia. A empresa vencedora do certame deverá ao longo de 2013 disponibilizar todos os veículos com elevador para cadeirante, uma das exigências de acessibilidade previstas no contrato. “A empresa deverá estar preparada para atender as exigências de um transporte moderno e com qualidade dentro dos parâmetros exigidos para uma cidade com o porte de Campo Grande”, disse.
O vencedor do certame deverá iniciar os trabalhos com 600 veículos e um investimento inicial (de partida) aproximado de R$ 40 milhões. A projeção de faturamento anual bruto para a empresa que for operar o transporte coletivo é de aproximadamente R$ 170 milhões. Estima-se que nos 20 anos de exploração de operação do transporte coletivo urbano, para atender as exigências previstas no contrato, a empresa faça investimentos na ordem de R$ 800 milhões.
