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Cotidiano Segunda-feira, 07 de Abril de 2008, 15:51 - A | A

Segunda-feira, 07 de Abril de 2008, 15h:51 - A | A

Bens de megatraficante serão vendidos em bazar

G1

Bens do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia foram entregues pela Justiça para serem vendidos em um bazar no Jockey Club de São Paulo. O dinheiro arrecadado com a venda dos objetos será encaminhado a entidades filantrópicas. O evento começa nesta terça-feira (8) ao meio-dia e vai até domingo (13), com entrada gratuita.

Entre os bens que serão expostos e vendidos em 19 salas estão 260 pares de sapatos femininos e cerca de 20 TVs de plasma. Além deles, serão vendidos roupas de homem e mulher, bolsas, 170 sapatos de homem, 59 óculos de sol femininos, eletrodomésticos e bicicletas.

O presidente da Fundação Julita, uma das entidades que será beneficiada pelo bazar, Lucien Delmonte, não quis arriscar quanto poderá ser arrecadado com as vendas. “Não dá para pensar nisso”, disse. Segundo ele, o dinheiro será depositado em uma conta judicial e só então será encaminhado às entidades.

Na quarta-feira (9), objetos mais caros de Abadia serão vendidos em um leilão. Fazem parte da lista uma geladeira importada, relógios Rolex e canetas. Dois carros do megatraficante também serão vendidos na ocasião.

Prisão

Em 1º de abril, a Justiça Federal em São Paulo condenou Abadia a 30 anos de prisão. O chefe de cartel de drogas foi considerado culpado por quatro crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos.

O colombiano foi preso em agosto do ano passado, em São Paulo, durante operação da Polícia Federal (PF). Ele é suspeito de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia. Ele tem uma fortuna estimada em R$ 3,4 bilhões.

Depois de preso, Abadia tentou um acordo de delação premiada com a Justiça brasileira. O traficante abriria mão de algumas exigências, como ser transferido para um presídio nos Estados Unidos, mas queria a redução da pena e anistia pelos crimes cometidos pela mulher. O acordo não foi aceito pela Justiça.

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