Bebê que nasceu com várias síndromes intriga médicos

Um caso raro na medicina vem intrigando a equipe da Santa Casa de Campo Grande. Um bebê de cinco meses está internado desde que nasceu por que não consegue respirar nem se alimentar sozinho. A mãe fica ao lado do filho o tempo todo.

Luiz Eduardo não chora, não ri, não expressa qualquer emoção com o rosto. A paralisia facial é conseqüência da "Síndrome de Moebius", uma doença com causas ainda desconhecidas pela medicina. Como se não bastasse, o pequeno "dudu" nasceu com uma outra síndrome: a de "Pierre Robin". A boca da criança não abre, por isso, a alimentação e a respiração têm de ser feitas com a ajuda de aparelhos.

A mãe, Talita Fernandes, deixou o emprego de vendedora para ficar ao lado do filho. Dedicação e amor reconhecidos por "todos" que trabalham na UTI Neo-Natal na Santa Casa de Campo Grande.

A enfermeira-chefe da UTI, Sandra Morales, acredita que cada mês é uma comemoração, todos os dias uma vitória.

Há algumas semanas, os médicos passaram a investigar se o pequeno Luiz Eduardo nasceu com uma série de três síndromes diferentes. Algo muito raro. Seria o quinto caso no mundo e o primeiro do Brasil. O mais urgente para a família é saber como será a qualidade de vida da criança.

“Independente do que ele tiver, eu sempre estarei cuidando dele”, disse a mãe de Luiz Eduardo.

A expectativa da família é levar "dudu" para casa o quanto antes. Mas, para isso é preciso montar uma UTI Neo-Natal domiciliar. Um aparelho que ensina o bebê a respirar, e ele custa R$ 35 mil. Dinheiro pra comprar e manter os equipamentos, os pais da criança não têm. Esperam contar com a solidariedade das pessoas. Talita tem certeza de que, em casa, pode oferecer uma vida "normal" ao filho. A força pra isso? Vem da própria criança.

O pai de "dudu" trabalha num supermercado, tem renda mensal de R$ 800. O valor não cobre nem 10% da despesa de uma UTI Neo-Natal domiciliar, que chega a ser de 10 mil reais por mês. Se você quiser ajudar a família com os gastos da criança, entre em contato pelos telefones 3362-5450, 3331-3647 ou 8414-4854. Além de leite especial, podem ser doados gase, "álcool 70%" e fraldas descartáveis. (MS Record)