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Cotidiano Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011, 11:12 - A | A

Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011, 11h:12 - A | A

Após rompimento de contrato, empresas de ônibus querem continuar atuando na Capital

Valdelice Bonifácio e Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

As cinco empresas que prestam serviços de transporte coletivo urbano na Capital, São Francisco, Cidade Morena, Serrana, Jaguar e Viação Campo Grande pretendem continuar atuando na cidade.

Para tanto, elas vão participar da licitação que a prefeitura da cidade abrirá em até 60 dias.

A confirmação foi feita ao Capital News pela assessoria de imprensa da Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano).

Na noite de ontem, após semanas de impasse, prefeitura e Assetur decidiram pelo rompimento do antigo contrato.

As empresas não se mostraram dispostas a fazer os investimentos necessários para que Campo Grande se habilitasse ao Programa de Mobilidade Urbana do governo federal.

Sem a modernização no trânsito, exigida pelo Ministério das Cidades, a cidade poderia perder os recursos do programa.

Licitação rigorosa

Nesta manhã, ao participar de seminário sobre trânsito na Assembleia Legislativa, o diretor-presidente da Agetran (Agência de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, informou que o edital para a próxima licitação trará novas específicas exigências.

Uma das cobranças será em relação ao meio ambiente. As concessionárias terão que provar capacidade para reaproveitar a água.

Ele informa ter feito uma pesquisa junto a uma das empresas e descoberto que descoberto que em um único dia são gastos 90 mil litros de água.

“São necessários 700 litros de água para lavar um ônibus. Isso vai ser levado em conta na licitação, mesmo porque é uma exigência do governo federal”, disse.
Para a próxima licitação, a cidade continuará dividida em cinco lotes (cinco regiões) como ocorre hoje.

Rudel não antecipou maiores detalhes do edital, mas já está certo que a concessão para explorar o serviço será de 8 anos.

Modernização

O secretário comentou ainda que antes da abertura da licitação ele e sua equipe devem viajar a Curitiba, Belo Horizonte e outras cidades onde também ocorreu rompimento de contratos antigos.

A ideia é se inspirar nos novos modelos. A prefeitura também realizará uma audiência pública sobre o assunto até o final de outubro.

Também está previsto um seminário com representantes de outros municípios para avaliar mudanças que podem ser implementadas.

Qualidade dos serviços

Rudel não acredita em queda na qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias em razão do rompimento do contrato de concessão após 13 anos.

Hoje circulam na Capital, 545 ônibus, mas, na avaliação de Rudel, seriam necessários, no mínimo, mais 50, conforme exigência do Programa de Mobilidade Urbana.

Cada ônibus do modelo articulado custa R$ 800 mil e os comuns R$ 300 mil.

Além do mais, o Mobilidade Urbana exige também sistema informatizado de informações aos usuários de transporte coletivo.

O usuário tem de saber, por exemplo, quanto tempo precisará aguardar o ônibus. Os veículos têm que possuir também GPS e sistema de telemetria, o que custaria R$ 10 mil em cada ônibus que fossem instalados.

Outra possibilidade é exigir sistema de internet Wi-Fi dentro dos coletivos.

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