Venceu no dia 25 de setembro o prazo que a Agência Municipal de Trânsito de Campo Grande (Agetran) pediu aos oito taxistas desalojados da Avenida Afonso Pena para apresentar um local definitivo para eles. Porém, ainda não há entendimento entre as partes.
No dia 13 deste mês, os taxistas descobriram que não tinham mais ponto para trabalhar. Em razão das obras de revitalização, a calçada foi retirada e o local cercado com uma rede de cor laranja.
Atualmente, os taxistas estão trabalhando em um ponto de táxi improvisado, na própria Afonso Pena na esquina com a 14 de Julho, debaixo de sol, sem banco e telefone.
A primeira idéia dos taxistas é montar um novo ponto em frente do Hotel Gramber, em frente ao Shopping Campo Grande.
Porém, conforme o chefe de Fiscalização e Execução do Transporte da Agetran, Sergio Henrique Cancer, os taxistas devem ficar onde estão.
“ Vamos montar a estrutura para eles trabalharem no ponto que fica próximo do local que eles trabalhavam. No ponto dos canteiros eles não devem mais voltar. Eles tem que decidir na verdade para onde querem ir”, disse.
O taxista Ricardo Samaniega, 50 anos, não aprovou a idéia da Agetran. "Nesse ponto em que estamos é horrível. Não tem movimento e está próximo de três pontos de táxi", disse.
“ Afinal tivemos uma reunião e nada foi definido. Achávamos que teríamos alguma solução. Fui informado que a gente poderia escolher um local para trabalhar. Agora vamos ter que ficar aonde eles querem. A maioria dos taxistas não está gostando de ficar no ponto improvisado onde estamos”, assegura.
O coordenador do ponto de táxi, Kazumori Yachiro, 66 anos, explica que os taxistas continuam aguardando resposta da Agetran. Ele confirma que os trabalhadores não querem ficar onde estão.
“Pelo jeito vamos ter que ficar onde eles montarem a estrutura. A proposta deles é assim ou vão todos os taxistas ou não vai ninguém", detalha.
Revitalização
Por meio de nota postada em seu site oficial, a prefeitura informa que a retirada dos estacionamentos na Afonso Pena faz parte do projeto de revitalização do canteiro central na avenida.
Contudo, está prevista uma espécie de exceção para a distribuição de jornais semanários aos domingos no cruzamento da 14 de Julho.
A retirada dos canteiros, conforme a prefeitura, melhora a fluidez no trânsito e garante mobilidade para os transportes coletivo e individual.
A Afonso Pena passa ainda por obras de recapeamento, o que provocou a mobilidade temporária de outros pontos de taxi ao longo da avenida.