Depois de tanto segredo, o senador Delcídio do Amaral (PT) anuncia seu suplente: Pedro Chaves (PSC). O ex-proprietário da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp) e atual presidente da junta interventora que administra a Santa Casa de Campo Grande. O presidente regional do PT, Marcus Garcia, é o segundo suplente.
A decisão partiu depois de reunião realizada durante toda a noite de ontem e manhã de hoje. A informação partiu há pouco do próprio candidato à reeleição.
Chaves estava na coligação que apoiava o presidenciável José Serra (PSDB). Então, de quebra, Delcídio ainda “rouba” mais um partido da aliança com André Puccinelli (PMDB), com quem, até o momento, o PSC se alinhavava.
Sobre a demora a responder inclusive a seus correligionários sobre a suplência, Delcídio diz que precisava encontrar alguém “à altura”.
Os nomes geraram tanta especulação por serem vitais na conjuntura política do PT no Congresso. Vislumbra-se internamente no Partido dos Trabalhadores que, se eleita for, Dilma Rousseff possa indicar Delcídio a um ministério, o de Minas e Energia, por exemplo, já que ele foi presidente da Petrobras e teria experiência, segundo os colegas de legenda, no assunto.
Mesmo se não aparecer em algum ministério, Delcídio tem desejos de se tronar governador e deve lançar candidatura em 2104, mesmo se José Orcírio Miranda dos Santos (o Zeca) vir a vencer no pleito deste ano, a intenção é que ele não tente uma possível reeleição e deixe o caminho aberto ao atual parlamentar.
Ou seja, Pedro Chaves pode ser o próximo senador. A definição do eleitor este ano seria diferente, segundo alertara o próprio Delcídio em entrevista coletiva concedida ontem no Hotel Jandaia. Os eleitores, sabendo dessas situação, podem votar não só nele, mas, no conjunto ele e os suplentes.
Existia antes a espera de que três nomes pudessem ser apontados, conforme conversas de bastidores – que vieram a não se concretizarem. Eram apontados como prováveis nomes indicados: a mulher do ex-prefeito de Dourados, Laerte Tetila, Zonir Tetila; o pecuarista Maurício Bumlai, filho do produtor rural José Bumlai, consultor de Lula para assuntos de agronegócio; e, até o filho do missionário RR Soares, Davi Soares. Mas, surgiram dois nomes fora da lista.
Delcído tentou continuar com o atual suplente, o jornalista e empresário Antônio João, mas, não obteve sucesso pois o partido dele, o PTB, preferiu apoiar André, prejudicando a negociação. Fato que fez, inclusive, o jornalista pensar em deixar a legenda. Antônio João, saindo do PTB, pode inclusive coordenar a campanha de Delcídio na Capital. Chaves deve deixar a Santa Casa, mas, a informação ainda não é oficial.
Com o PSC ao lado de Delcídio, Zeca passa a ganhar mais 00'25"96 (25 segundos e 96 centésimos) no ar em tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio. Passa a ter 8 partidos aliados ao PT e deixa o PMDB de André com 14.
Ontem, o PSDC já havia migrado da aliança com PMDB para firmar apoio ao PT.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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