Há sete anos com um trailler de lanches na Afonso Pena, o proprietário Nelson Bogado Ostember, 41 anos, se diz apreensivo com o futuro do trabalho, depois que a Prefeitura Municipal de Campo Grande terminar com os estacionamentos ao longo da avenida.
Segundo ele, quando o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) anunciou a intenção das obras, foi realizada reunião na Câmara de Vereadores, com a presença de todos os donos de traillers. Nelson diz que o prefeito afirmou que eles não seriam afetados e que poderiam continuar no canteiro, mesmo sem os estacionamentos, o que não contentou a todos os proprietários, que estimam uma queda de 70% no movimento, já que os clientes não terão onde deixar os veículos.
Nelson conta que diante da recusa dos proprietários, o prefeito deu quatro opções: na orla ferroviária, Orla Morena, perto da antiga rodoviária e na Praça das águas, em frente ao Shopping Campo Grande.
“Só que esses lugares não cabem todo mundo. Na orla ferroviária, que vai da Morada dos Baís a Maracajú só cabe oito traillers”, disse. De acordo Nelson, ficou combinado que ou a prefeitura arranjaria um lugar para todos ou então para nenhum, além da garantia que só começaria a remoção do pessoal, após o fim das obras na Orla morena e orla Ferroviária.

Nelson, conhecido como batata diz que Prefeito garantiu que eles terão um lugar
Foto: Deurico/Capital News
“Não há lugar certo ainda. O prefeito tinha dito que não ficaríamos desamparados, mas depois de dois meses tirou o pessoal da frente da prefeitura”, lembra e explica que a preocupação é não poder fazer investimentos, pois podem sair a qualquer momento.
O proprietário do Stop Lanches afirmou que cerca de 380 pessoas ficarão afetadas se caso não houver solução para o problema. “Só no meu carrinho são onze funcionários, fora os fornecedores e as pessoas que me ajudam em casa, na preparação das comidas”.
De acordo com ele, os donos de trailler não se importam em pagar impostos do novo local, mas querem ter a garantia de um lugar. “Agente quer trabalhar, um lugar com banheiro, onde os funcionários possam ser regularizados”.
Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)
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