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Coluna Saúde com H

Casos de encurtamento peniano são frequentes em pacientes brasileiros, diz pesquisa

Por Dr. Paulo Egydio

Da coluna Saúde com H
Artigo de responsabilidade do autor

Problema está relacionado a deformidades anatômicas e pode ter tratamento, aponta levantamento com quase 2 mil pacientes

Reprodução/Freepik

Casos de encurtamento peniano são frequentes em pacientes brasileiros, diz pesquisa

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Desde lesões até distúrbios que afetam o tecido peniano, o encurtamento do pênis pode ter diferentes causas e é mais comum do que se imagina. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa conduzida pelo consultório do Dr. Paulo Egydio, referência em urologia no Brasil.

De acordo com os dados, entre os pacientes que relataram alguma alteração anatômica no pênis, 56% afirmaram ter notado uma diminuição no tamanho do órgão.

Geralmente, o encurtamento está associado a condições que causam deformações, sendo a Doença de Peyronie a mais frequente. Por outro lado, é um problema que costuma ter tratamento.

Metade dos pacientes relata alterações anatômicas no pênis

A pesquisa feita pelo Dr. Paulo Egydio reuniu dados de 1.902 pacientes ao longo de 2025, com o objetivo de mapear o cenário da saúde urológica no Brasil. Um dos pontos centrais do estudo foi a identificação de alterações anatômicas no pênis, mencionadas por 48% dos participantes.

Entre esses, o encurtamento peniano foi uma das queixas mais comuns. Além disso, 33% dos entrevistados relataram perceber um afinamento no órgão, fenômeno conhecido como hourglass, ou formato de ampulheta.

O estudo também revelou alta incidência de curvaturas penianas. A mais frequente foi para a esquerda, relatada por 25% dos pacientes.

Doença de Peyronie é a principal causa

Segundo os dados, 67% dos casos de deformidade peniana foram associados à Doença de Peyronie. A condição é caracterizada pela formação de tecido fibroso no pênis, o que gera uma curvatura acentuada e, em outros casos, um encurtamento ou afinamento do órgão.

Esse tipo de deformação também pode comprometer a ereção, o que faz com que a doença esteja frequentemente ligada à disfunção erétil.

O tratamento clínico costuma ser indicado nos estágios iniciais da doença. Em casos mais avançados, pode ser necessário recorrer à cirurgia. A Técnica Egydio é hoje uma das mais conhecidas no campo da urologia, utilizando princípios geométricos para restaurar o formato original do pênis.

Causas, tratamentos e prevenção

A Doença de Peyronie, principal responsável pelo encurtamento peniano, pode surgir com o avanço da idade, sobretudo após os 50 anos. No entanto, traumas e lesões são fatores de risco importantes. Outras causas associadas incluem diabetes e cirurgias na próstata.

Por isso, o tratamento do encurtamento está diretamente ligado à abordagem da própria doença. Em quadros iniciais, podem ser utilizados medicamentos. Nos mais avançados, a cirurgia é recomendada, como a prótese peniana.

Alterações como encurtamento e afinamento também impactam a autoestima masculina. O tabu em torno do tema faz com que muitos homens evitem buscar ajuda, o que pode comprometer a saúde sexual e afetar relacionamentos.

Diante disso, especialistas recomendam procurar orientação médica sempre que houver qualquer mudança percebida na anatomia peniana. É importante destacar que este conteúdo tem caráter informativo e não substitui o diagnóstico profissional.


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Divulgação

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Dr. Paulo Egydio

Dr. Paulo Egydio
Urologista | PhD pela Universidade de São Paulo (USP)
Especialista em cirurgia reconstrutiva peniana, com foco no tratamento da Doença de Peyronie e na implantação de próteses penianas em casos desafiadores e complexos. Formado pela USP, onde concluiu residência médica e doutorado, complementou sua formação em centros internacionais de excelência, como a Mayo Clinic e a Cleveland Clinic Foundation.

Ao longo de sua carreira, tem se dedicado ao avanço técnico-científico da urologia reconstrutiva, realizando centenas de procedimentos, incluindo cirurgias ao vivo apresentadas em universidades e congressos internacionais. Já proferiu mais de 100 palestras e participou ativamente como debatedor em eventos científicos de destaque.

É autor e coautor de mais de 50 publicações, entre artigos científicos e capítulos de livros, com contribuições relevantes para a padronização e o refinamento das técnicas cirúrgicas aplicadas à saúde sexual masculina."

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