Os intocáveis...
Os esquemas que imperam no futebol decadente de Mato Grosso do Sul não cessam. Diante dos estádios vazios, quando um "grande" clube vem jogar em Campo Grande coisas, no mínimo, estranhas, acontecem. Para o jogo Naviraiense versus Santos pela Copa do Brasil, de quarta-feira, no Morenão, não poderia ser diferente, claro. O assessor de imprensa e publicitário da Federação de Futebol de MS, Ricardo Pereira, sobrinho do presidente da FFMS, Francisco Cezário, explica aos jornalistas que a entidade não está fazendo credenciamento.
É exclusividade da Associação dos Cronistas Esportivos, aquela tal entidade já denunciada aqui no Blog que citava entre diretores e membros de seu Conselho Fiscal jornalistas que garantem nunca ter autorizado tal procedimento e nem sequer sabem se existe uma sede dessa tal associação, como Jorge Franco, ex-editor de Esportes do Correio do Estado, hoje editor da TV Brasil Pantanal, que assegura nunca ter autorizado a inclusão de seu nome na tal misteriosa "entidade". O presidente da "influente" (na FFMS, claro) associação, Marco Antônio Silvestre, diz que só cede credencial para sócio, obviamente para ter arrecadação. Enfim, depois perguntam porque o futebol sul-mato-grossense, que um dia já teve glória, decaiu tanto...
"Carteira de associação não vale", diz repórter
"Eu tenho carteira dessa tal associação de cronistas. Me cobraram 30 reais, não cobraram mensalidade. Mas não vale nada. No jogo Cene x Flamengo no Morenão pela Copa do Brasil no ano passado se eu não tivesse credenciais não teria entrado. Vi um repórter ser barrado por causa da carteira da entidade. Emprestei uma credencial a ele. Se não a gente tinha ficado fora do estádio. A entidade tem uma sede sim, na Rua Antônio Maria Coelho" - conta o repórter João Flores Júnior, da rede Rádio Web MS, ao comentar a nota "Os intocáveis..." divulgada hoje no Blog.
Que fique claro. Se um grupo quer montar e manter uma associação, não há nada que os impeça. O que não pode é um grupo particular ter poder para influenciar uma federação de futebol e monopolizar credenciais para obrigar jornalistas a se filiarem em sua entidade, pagando carteirinha (como diz acima o João Flores, não tem mensalidade) para poder ter acesso a locais de trabalho. Para coibir essas práticas, existe instituições como o Ministério Público Estadual.
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