
Izaias Medeiros/Câmara de CG
Defendendo a instalação de uma “CPI da Saúde” desde que o escândalo de desvios de milhões de reais do SUS veio à tona na Operação “Sangue Frio”, a vereadora Luiza Ribeiro (foto) acabou excluída da comissão de inquérito criada nesta semana pela Câmara de Campo Grande para investigar apenas os dois hospitais envolvidos nas apurações feitas pela Polícia Federal, MP e CGU, depois da repercussão do caso no Fantástico da TV Globo. Mesmo assim, ela assegura: "Vou participar!"
A exclusão da vereadora se deu por maioria. Conforme regimentos legislativos, partidos com maiores bancadas têm mais vagas nas comissões das Casas de lei. No caso local, ela é a única eleita pelo PPS, hoje MD. Por isso, os três vereadores da bancada do PT até abriram mão da vaga para indicar Luiza à CPI. Porém, as demais bancadas, que são maioria, rejeitam a troca. Assim, o PT indicou o vereador Alex, único aprovado para a comissão que não é aliado do grupo político liderado pelo PMDB, que comandava a cidade, cuja gestão, em tese, deve ser alvo da investigação do Legislativo, conforme afirmou Luiza aqui ao Blog, logo após a exibição do escândalo pelo Fantástico, na noite do domingo anterior:
– "Não tem como fugir, a responsabilidade é da prefeitura que é gestora plena do SUS em Campo Grande. Ela deve ter controle dos convênios, procedimentos e das irregularidades vinham sendo apontadas faz tempo por conselheiros municipais de saúde. Se houve omissão ou conivência nesses atos, a Câmara tem de cumprir seu papel fiscalizador e isso só é possível com uma CPI".
Mesmo sem estar entre os cinco integrantes da comissão parlamentar de inquérito, Luiza Ribeiro afirma: “Eu vou participar da CPI!”. E explica: “O regimento prevê que qualquer vereador pode participar das reuniões da comissão e pode inquirir as testemunhas. Posso também sugerir a convocação, e vou sugerir que sejam convocados os ex-secretários de Saúde do Município e o atual, os ex-diretores dos hospitais envolvidos e todos os que achar necessário. A presidência da CPI pode ou não aceitar as sugestões, mas aí é com eles. Vou fazer o meu papel”, reforça a vereadora.
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