A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta manhã o julgamento de Jair Bolsonaro e sete aliados que integram o chamado "núcleo crucial" acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentar deflagrar um golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022. É a primeira vez que um ex-presidente da República será julgado por atentar contra a democracia para continuar no comando do Brasil. Oito sessões foram reservadas para analisar o caso, que começam hoje e vão até a sexta-feira da semana que vem, dia 12 de setembro.
Além de Bolsonaro, o grupo dos réus é formado por seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid; o deputado Alexandre Ramagem; o almirante Almir Garnier; e os generais Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Eles respondem por crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A exceção é o caso de Ramagem, beneficiado com a suspensão de parte das acusações que responde somente a três dos cinco crimes, com base na Constituição por ser deputado.
A sessão de hoje será aberta pelo presidente da Turma, ministro Cristiano Zanin, que chamará o processo para julgamento e dará a palavra ao relator do caso, Alexandre de Moraes, que fará a leitura do relatório. Depois, Zanin passará a palavra para a acusação, que será feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em seguida começarão a falar os advogados de defensa dos réus. Além de Zanin e Moraes, fazem parte da Primeira Turma os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
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