Sete macacos-prego resgatados de cativeiros domésticos, apreensões e entregas voluntárias foram soltos nesta semana pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) na Fazenda Santa Sofia, em Aquidauna, depois de meses sendo tratados e reaprendendo a sobreviver na natureza no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande. Durante a reabilitação, os técnicos monitoraram o desenvolvimento físico e social de cada indivíduo, definindo o momento adequado para a soltura em grupo — condição ideal para a espécie, que vive em bandos organizados e cooperativos.
No tratamento, os animais reaprenderam a buscar alimento, reconhecer sons da floresta e conviver em grupo, em um ambiente controlado que simula as condições naturais, com apoio do Refúgio Santa Sofia, onde funciona o Onçafari, parceiro nas ações de conservação e pesquisa na região pantaneira. A soltura foi planejada para o período pós-seca, quando há mais frutos e recursos alimentares, o que aumenta as chances de adaptação e sobrevivência no habitat natural.
“O processo de reabilitação é feito de forma gradual, para minimizar o estresse e garantir que os animais estejam aptos a retomar seus comportamentos naturais. É uma etapa que requer técnica, observação e tempo”, explica Aline Duarte, gestora do Cras. Os macacos-prego receberam colares de rastreamento por GPS, que permitirão o acompanhamento remoto e o estudo do comportamento do grupo em seu ambiente natural. “Com os dados de GPS, conseguimos saber onde o grupo está se deslocando, se estão se alimentando adequadamente e se mantêm o comportamento natural da espécie. Esse tipo de acompanhamento é essencial para medir a efetividade do processo de reintrodução e garantir que o retorno à natureza ocorra de forma segura”, detalha a médica-veterinária do Cras, Jordana Toqueto. (Com Assessoria do Imasul)
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