Jovens impulsionam a expansão do mercado financeiro e moldam o futuro dos investimentos no Brasil
Os brasileiros vêm demonstrando cada vez mais interesse pelo mercado financeiro nos últimos anos, e os jovens têm um papel central nesse movimento. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o Brasil deve contar com quatro milhões de novos investidores em 2025.
Além disso, 37% da Geração Z, composta por pessoas com até 30 anos em 2025, já utilizam a poupança para guardar dinheiro e planejar suas finanças, segundo um relatório do JPMorgan Chase. Para efeito de comparação, em 2015, apenas 6% adotavam essa prática, revelando um cenário de maior adesão.
Jovens estão mais interessados no mercado financeiro
Uma pesquisa realizada pela Opinion Box, em parceria com o Serasa, confirma essa tendência entre os jovens brasileiros. Segundo os dados, 55% das pessoas entre 18 e 29 anos já assumem responsabilidade sobre suas finanças mensais.
Além disso, 39% desses jovens contribuem com os gastos domésticos, como contas e aluguel, indicando um nível maior de responsabilidade financeira nessa faixa etária.
A Geração Z também apresenta planos variados sobre o destino do dinheiro. Enquanto 51% pretendem investir em bens duráveis, como carros ou imóveis, 34% destinam os recursos para necessidades mais básicas.
Por outro lado, o mercado financeiro também ganha atenção, com 33% dos jovens planejando investir o dinheiro que conseguem poupar. Com isso, a expectativa é que a participação das novas gerações nos investimentos continue crescendo.
Novas gerações vão herdar trilhões nos próximos anos
Com os jovens se tornando mais ativos financeiramente, o patrimônio global tende a mudar de mãos. Até 2045, aproximadamente US$ 84 trilhões devem ser transferidos da geração Baby Boomer, nascida entre 1946 e 1964, para os Millennials (1981-1996) e a Geração Z.
O estudo “Navegando pelo Futuro da Riqueza” detalha como os mais jovens pretendem investir. A análise mostra que fatores como inovações digitais e questões climáticas e sociais terão cada vez mais peso nas decisões.
Além disso, os investidores tendem a se tornar mais engajados. Nos Estados Unidos, por exemplo, 7 em cada 10 herdeiros costumam pesquisar sobre investimentos na internet.
Especialistas dão dicas para quem quer começar a investir
Embora investir esteja nos planos de muitos brasileiros, nem todos sabem como começar. Isso reforça a necessidade de educação financeira e de práticas que aumentem as chances de sucesso no mercado.
Recentemente, a Hurst Capital, especializada em investimentos, lançou a calculadora do milhão. Disponível gratuitamente, a ferramenta permite simular cenários de rentabilidade em diferentes opções de investimento, considerando o valor aplicado e aportes mensais, para estimar o tempo necessário para alcançar o milhão.
A plataforma compara desde alternativas tradicionais, como a poupança, até ativos mais avançados, que costumam render mais rapidamente. Segundo especialistas da Hurst Capital, a calculadora é um importante recurso para orientar investidores iniciantes.
De modo geral, a tendência é que cada vez mais brasileiros comecem a investir, com as gerações mais jovens entrando no mercado e a democratização do acesso às finanças abrindo caminho para novos participantes.