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Bem-Estar Sábado, 30 de Setembro de 2023, 13:23 - A | A

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Coluna Bem-Estar

Deficiência de vitamina D e dor de cabeça crônica: entenda a relação

Por Laura Fassina

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Pesquisa aponta conexão entre falta de vitamina D e cefaleia crônica, ressaltando a importância do equilíbrio para a saúde geral do corpo

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A deficiência de vitamina D é um problema de saúde global que afeta uma grande parte da população em todo o mundo. Um estudo publicado neste ano na revista Scientific Reports trouxe uma descoberta surpreendente: a relação entre a falta de vitamina D e as dores de cabeça crônicas.

Essa pesquisa, conduzida na Finlândia, revelou que os níveis baixos dessa vitamina essencial para o corpo humano estão diretamente relacionados ao aumento da frequência das dores de cabeça. A cefaleia, termo médico para dor de cabeça, é uma condição comum que pode afetar pessoas de todas as idades.

Ela pode variar desde um pequeno incômodo até uma enxaqueca, que pode vir acompanhada de sintomas como náuseas, tonturas e sensibilidade à luz e aos cheiros. Em geral, toda dor é um sinal de alerta de que algo não está funcionando como deveria no organismo. Portanto, compreender as causas de dores que já se tornaram cotidianas é essencial para preservação da saúde.

No caso, o estudo finlandês se baseou em uma amostra de 2.601 homens, com idades entre 42 e 60 anos. Durante um período de cinco anos, esses participantes foram acompanhados e questionados sobre a periodicidade de suas dores de cabeça. Aqueles que relataram cefaleia semanal ou diariamente, foram categorizados como tendo dor de cabeça frequente.

Os resultados revelaram que a proporção de indivíduos com dores de cabeça frequentes era significativamente menor entre os homens cujas amostras de sangue foram coletadas durante os meses de alta exposição à luz solar, entre junho e setembro. No caso, é importante ressaltar que a vitamina D, em sua forma ativa, é produzida pelo organismo a partir da exposição da pele à luz do sol.

Após a correção de idade, ano e mês da coleta de sangue, os pesquisadores concluíram que os homens com níveis mais baixos de vitamina D apresentavam uma probabilidade 116% maior de sofrer de dores de cabeça frequentemente. Sendo assim, os autores do estudo defendem a hipótese de que a vitamina D tem grande influência na prevenção contra dores de cabeça crônicas.

No geral, a falta de vitamina D pode desencadear uma série de outros problemas de saúde além das dores de cabeça. O déficit desta vitamina no organismo pode acarretar hipertensão, fraqueza dos ossos, alterações no sono e até mesmo depressão. Além disso, a deficiência de vitamina D pode prejudicar a imunidade do corpo, tornando-o mais suscetível a contrair infecções.

A carência de vitamina D também está associada a distúrbios do metabolismo ósseo e do cálcio. Isso pode acarretar outros sintomas como cansaço, apatia, enfraquecimento das unhas e cabelos, o que leva à queda dos fios. Além disso, essa falta pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

As pessoas com maior risco de desenvolver deficiência de vitamina D incluem idosos, pessoas obesas, crianças e adolescentes, gestantes e lactantes, pacientes com doenças renais e pessoas com doenças inflamatórias intestinais. O diagnóstico da falta dessa vitamina é feito por meio de um exame de sangue, que mede os níveis de 25-hidroxi-vitamina D no organismo.

É importante ressaltar que os níveis necessários de vitamina D podem ser mantidos de diversas formas. No caso, a exposição ao sol é uma fonte natural, mas também é possível obtê-la por meio de alimentos como peixes, gema de ovo e alimentos fortificados. De maneira geral, a pesquisa finlandesa destaca a importância da vitamina D e ressalta a necessidade de monitorar e manter níveis adequados dessa vitamina para garantir a saúde geral do corpo.

Portanto, garantir um equilíbrio adequado de vitamina D, por meio de exposição ao sol e alimentação balanceada é o ideal. No entanto, em algumas situações a suplementação — seja pela ingestão de vitamina D mastigável, em cápsula ou gotas — pode ser necessária e deve ser feita sob orientação médica para evitar possíveis riscos à saúde.

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