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Cotidiano Quarta-feira, 03 de Março de 2010, 10:35 - A | A

Quarta-feira, 03 de Março de 2010, 10h:35 - A | A

Donos de lojas na antiga rodoviária exigem que Prefeitura revitalize parte pública do estabelecimento

Nadia Nadalon - estagiária - Capital News

Proprietários das 60 lojas que ainda continuam abertas na antiga rodoviária, protestaram na manhã desta quarta-feira (3), contra o abandono que ficou o local após a mudança para o novo terminal. “Foi uma manifestação, um grito de alerta”, define o sub-síndico do prédio, Paulo Pereira.

Paulo explica ao Capital News que a maioria dos proprietários das bancas continuam com elas abertas para manter o ponto, à espera da revitalização. “Os que alugavam devolveram o ponto para não pagar aluguel à toa. Mas, os que estão em dia precisam continuar trabalhando”.

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O sub-síndico do prédio diz que essa parte foi a mais prejudicada
Foto: Deurico/Capital News

Segundo ele, que também é dono de uma ótica e relojoaria no local, os mais afetados são os que ficam onde eram as plataformas de embarque e desembarque. “Depois que a Prefeitura colocou o tapume lá, o pessoal acha que está abandonado, mas é um engano, ainda há pessoas com as bancas abertas”, afirma.

Uma das lojas é a Banca Bola 7, que há 17 anos pertence a Rosângela Yamaura. De acordo com ela, o maior prejuízo veio após a Prefeitura tapar a parte que pertence a ela com os tapumes. “A partir do momento que colocaram o tapume, taparam a minha banca, e as pessoas acham que está fechada”, diz.

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Ela defende prédio e diz que nunca foi assaltada em 17 anos
Foto: Deurico/Capital News

Rosângela explica que logo que a rodoviária trocou de lugar, o movimento continuou, pois os hotéis e clientes antigos permaneciam comprando jornais e revistas da banca. Atualmente, segundo ela, dos 75 exemplares de jornais diários que eram vendidos, são comercializados, agora, "apenas 20 ou 30".

“Todos sabíamos que o movimento ia cair após a mudança do local, porque as pessoas que iam viajar sempre compravam revistas para a viagem. Agora não podemos fazer investimento nem comprar material, porque não será vendido”, lamenta.

A proprietária conta ainda que, no início do ano, a Prefeitura mandou o valor dos impostos para serem pagos, incluindo o de publicidade no valor de R$ 98. “Eu paguei o imposto referente ao luminoso, mas não estou aparecendo para a sociedade, eles taparam com o tapume.”

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Dona de banca diz que pagou imposto do luminoso que está tapado pelos tapumes
Foto: Deurico/Capital News

Planos

De acordo com o sub-síndico, eles querem que a Prefeitura dê destino à parte dela. “Pode ser qualquer coisa, qualquer instituição, desde que revitalizem para melhorar para nós.”

Para a dona da banca de jornais, os planos de levar o camelódromo para lá animou o pessoal: “Nós achamos que o camelódromo ia trazer turistas, mas se não deu certo este projeto, pode ser revitalizado com lojas mesmo. Se abrir cadastro de lojas, vai faltar vaga, porque tem pessoas para trabalhar.”

Rosângela completa afirmando que muitas pessoas dizem que o lugar é perigoso, mas que ela defende a região. “Aqui, tem pessoas bem intencionadas. Eu estou aqui há 17 anos e nunca fui assaltada. O perigo há em todo o lugar. Parece que eles querem que a gente desista.”

Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)

 

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