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Cotidiano Terça-feira, 12 de Agosto de 2014, 19:15 - A | A

Terça-feira, 12 de Agosto de 2014, 19h:15 - A | A

Artigo: Mérito coletivo no legado da BR 163

Fernando Hassessian - (www.capitalnews.com.br)

A privatização e duplicação da BR 163 vai estabelecer um marco na história de Mato Grosso do Sul. E o mérito é coletivo. Trata-se de uma ampla mobilização da categoria política do Estado, embora não completamente isento de partidarismos.

É notável o merecimento do mórbido apelido de “Rodovia da Morte”: segundo a Polícia Rodoviária Federal, de 2010 até o mês passado foram registrados mais de 4.600 acidentes e 264 mortes só na BR 163. Ao todo, em todas as rodovias federais que cortam o Estado, 615 pessoas morreram, mas a 163 lidera todas as estatísticas: acidentes, feridos e mortos.

Quem trafega com freqüência por rodovias duplicadas e bem cuidadas compreende bem o que isso representa. É hora de dividir o antes e o depois em diversos aspectos, do econômico ao social.

A comemoração dos prefeitos das 21 cidades por onde passa a rodovia mais importante do estado não deixa dúvidas. Os que amargam um repasse miserável do FPM, que foi reduzido recentemente e sufoca suas gestões, esperam aumentar a receita com a arrecadação de ISS, tanto sobre as obras quando sobre o pedágio. Aos municípios produtores, uma rodovia em boas condições favorece o escoamento da produção. Aos empreendedores, novas oportunidades. Aos motoristas, a segurança e conforto de poder contar com apoio e, se necessário, socorro.

Com todo respeito às demais obras recentes, ao Aquário do Pantanal, às rodovias estaduais, rodoviária de Campo Grande e inúmeras unidades de saúde, a duplicação e manutenção da 163 será o grande legado desta recente e conturbada geração administrativa, e historicamente, o Parque dos Poderes talvez seja um dos poucos que possa ser comparado em importância para Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, assim como tudo que é público no país, alguns cuidados ainda devem ser tomados antes de se comemorar a vitória. Espera-se, por fim, a garantia de uma gestão transparente dos serviços e que os devidos créditos sejam dados. Afinal, não queremos ver ninguém brigado pela paternidade. 

(*) Fernando Hassessian é jornalista do site Capital News
*O conteúdo deste artigo foi publicado na integra e é de responsabilidade do autor.
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