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Polícia Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2014, 13:13 - A | A

Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2014, 13h:13 - A | A

Envolvidos em morte de policial já estão em presídio; adolescente foi para levado para Unei

Juliana Rezende - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Sete pessoas envolvidas na morte do policial Dirceu Rodrigues dos Santos, ocorrida no dia 28 de janeiro deste ano, já foram encaminhadas para o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Na manhã desta segunda-feira (10), durante coletiva na Delegacia Geral da Polícia Civil, um dos delegados responsáveis pela investigação apontou que Alexandre Gonçalves da Rocha, 21, foi o autor dos três disparos que mataram Dirceu.

Alexandre responderá pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal dolosa contra o outro policial Osmar Ferreira, que ficou inconsciente depois de ser imobilizado com um 'mata leão', além de receptação dolosa, furto e resistência. Além desses crimes ele pode ser indiciado  também por corrupção de menores, já que um adolescente de 15 anos também participou do crime e foi encaminhado para a Unidade Educacional de Internação (UNEI), do Jardim Los Angeles. Alexandre pode pegar até 30 anos de prisão.

Alexsandro Gonçalves da Rocha, 19, a travesti Lexia, foi indiciado por homicídio qualificado, e também lesão corporal dolosa. A mãe de Alexandre e Alexsandro, Lúcia Helena Barbosa Gonçalves foi encaminhada para o Presídio Feminino de Campo Grande. Outro envolvido, Giovani de Oliveira Andrade, 18 anos, responderá por porte ilegal de arma, receptação dolosa, resistência e favorecimento pessoal. Giovani recebeu uma das armas utilizadas por Alexandre para matar o policial Dirceu.

Depois de esconder o revólver, ele repassou a arma para Renato Ferreira Alves, 21. O irmão de Renato, Cleber Ferreira Alves, 36, também participou da ação do grupo e segundo a Polícia Civil, todos eles responderão por porte ilegal de arma na modalidade ocultar. Durante coletiva com a imprensa, os delegados responsáveis pelo caso informaram que o inquérito policial já finalizado será encaminhado para o Poder Judiciário.

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Dirceu era visto entre colegas de profissão como um policial exemplar
Foto: Divulgação/PCMS

Conforme laudo necroscópico, Dirceu morreu com um tiro na barriga, disparado por Alexandre, e os outros dois disparos atingiram a região da cabeça. Os últimos dois tiros partiram da própria arma do policial, que estava em poder de Alexandre.

Os policiais civis, Osmar e Dirceu estavam em investigação para recuperar um colar de ouro, roubado de uma pessoa no último dia 7 de janeiro na região central de Campo Grande. Os dois foram até o bairro Campo Nobre para recuperar a joia e por volta das 23h acabaram surpreendidos pela ação dos bandidos.

O titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) Fabiano Nagata, afirmou que o crime ocorreu de uma forma inesperada, e pelo fato de as investigações sobre o roubo já estarem de certa forma evoluídas, Dirceu e Osmar foram rápidos e confiantes.

"A Polícia precisa agir rápido, mas na casa havia crianças, e também o adolescente. Foi uma ação inesperada dos bandidos que infelizmente surpreendeu os policiais", disse.

O delegado João Reis Belo explicou durante coletiva, que é dificil fazer uma análise afirmativa do que ocorreu no momento do crime, pelo fato de os dois policiais estarem a frente da investigação. "Acreditamos que eles tenham se sentido seguros para agirem dessa forma", ponderou.

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Envolvidos em morte de policial já estão no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande
Foto: Divulgação/PCMS

 

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Ao todo sete pessoas participaram do crime.
Foto: Juliana Rezende/CapitalNews

Morte
Policial há oito anos, Dirceu trabalhava na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) há pelo menos quatro anos. Ele estava à paisana no Jardim Campo Nobre e foi morto com três tiros quando chegou em uma residência para prender autores de roubo de joia avaliada em R$ 80 mil. O investigador Osmar Ferreira que o acompanhava na busca foi agredido e perdeu a consciência. Depois de acordar, Ferreira conseguiu se comunicar com a polícia e falar sobre a morte do companheiro. Todos os envolvidos foram presos na mesma noite do crime.

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