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Polícia Terça-feira, 10 de Maio de 2011, 12:20 - A | A

Terça-feira, 10 de Maio de 2011, 12h:20 - A | A

Cabeludo diz que vai às últimas consequências

Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) chorou na manhã desta terça-feira (10) ao falar sobre a acusação de que um assessor que trabalhava em seu gabinete comercializava casas populares. Vanderlei declarou que a polícia está investigando o caso e nega qualquer envolvimento:

“Não tenho nada a ver jamais faria isso na minha vida, não é meu perfil, eu sou pela cultura, luto por outras coisas, casa popular não é meu foco, quero que se apure e vou as ultimas conseqüências” assegurou.

O vereador confirmou que o ex-assessor, Celso Roberto Costa, também conhecido como “Mário Covas”, tentou extorqui-lo. Segundo ele, após depoimento na última sexta-feira (6), Mário Covas teria ligado para uma pessoa próxima a ele e dito que queria dinheiro. Assim, o vereador ligou para a polícia e o denunciou, entregando, inclusive, o celular de seu produtor, para provar a extorsão.

Vanderlei disse ainda que Mário Covas não acusou em nenhum momento e que já o exonerou. “Eu sou um homem de Deus. Na minha vida não tem nenhum risco”. Ao concluir a conversa com a imprensa, o vereador agradeceu o respeito que os veículos deram, investigando as acusações e chorou:

“Fui peão. Nunca roubei nada de ninguém. Peço a vocês pelo amor de deus, pelo amor que vocês tem a mãe de vocês. Agora um vagabundo desses... (sem completar o que diria).Tem muita gente maldosa nessa história” concluiu e saiu chorando. O vereador alega que Mário Covas trabalhou com ele durante a campanha, mas estava nomeado desde janeiro. Segundo ele, o assessor fazia de tudo.

Câmara

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Siufi, diz que não recebeu nada da polícia e acompanha as notícias vinculadas pela imprensa. Entretanto, disse que conversou com Vanderlei e o mesmo garantiu não ter participação. Siufi declarou ainda que não ficou comprovado em nenhum momento que o vereador tenha alguma participação e o mesmo tomou a atitude certa ao exonerá-lo do cargo. Ele disse que aguarda notificação da polícia. Caso contrário, não tem como fazer nada contra o vereador:

“Na câmara não existe irregularidade e não tem cota de casa para vereador. Isso nunca existiu. Não acredito que nenhum vereador participe de fraude ou beneficio em relação à casa” afirmou. Siufi pretende acelerar a tramitação de um projeto do vereador Carlão (PSB) que determina o sorteio das casas em praça pública.

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Siufi nega cota de casas populares para vereadores
Foto: Deurico/Capital News

O Caso

A delegada Roseli Molina, responsável por investigar o possível esquema de favorecimento na aquisição de casas populares, revelou a reportagem do Capital News que Celso Roberto Costa, também conhecido como “Mário Covas”, confessou que aplicava o golpe e já teria feito 11 vitimas.

Mário Covas informou à delegada que pedia propina prometendo favorecimento no sorteio de casas populares. Ele cobrava R$ 600 de cada vítima. Entretanto, ela acredita que o número de pessoas enganadas é bem maior do que o apurado até o momento. O acusado não usava apenas nome de um vereador, mas de diversas pessoas, que segundo ele, poderia facilitar a aquisição dos imóveis.


Por Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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