Durante a 3ª audiência que acontece na tarde desta quinta-feira (17), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, sobre o assassinato do presidente da Câmara, Carlos Antônio Costa Carneiro (PDT), o acusado Irineu Maciel diz que matou o vereador por discussão.
No início do depoimento de Irineu, o juiz ofereceu à ele a delação premiada, que é a redução da pena para falar o nome do mandante, mas ele não aceitou. “Vou falar a verdade sobre como aconteceu o crime, não existe mandante”, informa o réu.
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Foto: Deurico/Capital News
“Eu matei o vereador por uma discussão que eu tive com ele na cidade de Alcinópolis. Eu fui à Câmara para pedir dinheiro e emprego ao vereador e ele me chamou de mendigo, vagabundo e disse que ia me mandar embora da cidade”, informa o réu ao destacar que esteve em Alcinópolis duas vezes e que se considera uma pessoa perturbada.
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Foto: Deurico/Capital News
“Sou perturbado porque já mataram muitas pessoas da minha família e ninguém foi preso. O presidente da Câmara me humilhou muito”, destaca Irineu.
Em relação à passagem de ônibus, Irineu se contradiz ao falar que a ganhou antes da discussão e depois que ganhou após a discussão. O réu diz ainda que seguiu a vítima por uma semana e que não teve chance de matar em Alcinópolis porque sempre o via perto de uma praça onde tinha muita criança.
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Foto: Deurico/Capital News
“Eu liguei para o vereador dois dias antes do crime e me passei por um empresário, Carlos Magno. Falei que queria abrir um laticínio e que precisava da ajuda do vereador. Aí combinei com o vereador de nos encontrarmos no Hotel Vale Verde ao meio dia”, conta o acusado.
No momento da prisão, Irineu disse à Polícia que havia recebido R$ 3 mil para matar o vereador e que após o crime receberia mais R$ 17 mil. “Falei isso porque foi a primeira coisa que veio na minha cabeça, pois eu sabia que o vereador estava sendo ameaçado pelo prefeito de Alcinópolis”, alega Irineu.
Ao ser questionado como ele sabia que o vereador estava sendo ameaçado, Irineu diz que ouviu a conversa do vereador ao telefone celular em um bar da cidade.
A delação premiada também foi oferecida ao segundo acusado, Valdemir Vansan. O réu disse que não aceitaria porque não tinha nada a ver com o crime. "Não aceito porque não tenho nada para falar sobre o assunto, não conheço ninguém da cidade e não tenho nada a ver com o crime", afirma o réu.
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Foto: Deurico/Capital News
Por Valquíria Oriqui e Jackeline Oliveira - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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