Como Plano de Revitalização do Centro da Capital, a Prefeitura, anunciou há duas semanas que estuda a possibilidade de transferir o Camelódromo (Centro Comercial Popular) para o prédio da atual rodoviária (no Centro), que logo será desativada.
Na manhã desta sexta-feira, 21 de novembro, os vendedores do estabelecimento se reuniram para discutir a hipótese. Por a maioria se mostra contrária à mudança, a Associação decidiu promover manifestações de protesto contra a decisão da Prefeitura.
“Por que sair? Não existe motivo para sair. Se nós estivéssemos num prédio que estivesse nos colocando em risco, que não tivesse segurança, ou se estivéssemos invadido algum local, mas, não é nenhum dos casos. Então, não tem motivo”, defende o presidente da Associação Vicente Peixoto.
São 465 boxes na atual estrutura. O estabelecimento existe há onze anos. Conforme associação, foram investidos cerca de R$ 1 milhão na construção do teto e R$ 200 mil no piso.
Os vendedores farão manifestos (ainda sem data definida), coleta de assinaturas no centro da cidade para a permanência no local atual, fixação de faixas no Camelódromo e entorno com e frases em prol da permanência.
“O prefeito quer nos dar um elefante branco”, reclama o vendedor de eletroeletrônicos Gilmar da Silva Lima.
Gilmar lembra dos investimentos feitos ali. “Quando a gente veio para cá, teve que fazer ponto [refere-se não à estrutura física, mas a conquista de clientela]. Não tínhamos condições. Muitas pessoas desistiram. Se hoje o Camelódromo está assim, é por causa das pessoas que perseveraram”, comenta.
Quanto a dois dos motivos apresentados por Nelsinho Trad (PMDB) para que a mudança seja feita, Gilmar rebate: “Ele falou do estacionamento, mas temos uma área grande ao lado que é um estacionamento particular. Ele podia ter comprado aquela área e entregue a nós para que pagássemos à Prefeitura em prestações. Nós enviamos requerimentos a ele solicitando isso, mas, nunca respondeu. Quanto à segurança, ele diz que lá [atual rodoviária] seria mais seguro. Mas, com posto policial e tudo lá dentro aquilo é ponto de prostituição e de drogas. Quem vai querer ir para lá? [indaga referindo-se a vendedores e compradores].”
Recentemente, o Camelódromo sofreu com incêndio que destruiu seis boxes. Grande parte começa a ser reconstruída.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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