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Tecnologia Terça-feira, 20 de Maio de 2008, 07:31 - A | A

Terça-feira, 20 de Maio de 2008, 07h:31 - A | A

PF e Interpol terão \"hotline\" para rastrear sites de exploração sexual

Da Redação

O governo federal vai criar, junto com a PF (Polícia Federal) e a Interpol (Polícia Internacional), um esquema para rastrear sites que promovam a exploração sexual infantil e receber denúncias. O anúncio foi feito ontem (19) durante o lançamento do 3ª Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que acontecerá no Brasil em novembro.

A primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, que é presidente de honra do congresso, chamou de "horror" a situação da prática da exploração sexual no Brasil. "É um horror, temos que mudar, começar a discutir esse assunto, levar para dentro de nosso trabalho", declarou, durante o lançamento oficial do congresso, na manhã desta segunda-feira, no Rio.

O evento, contudo, só acontecerá entre os dias 25 e 28 de novembro deste ano, no Riocentro, na zona oeste do Rio.

O site (chamado pelos presentes de "hotline") entrará no ar dentro de três meses, de acordo com a subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do governo federal, Carmem Oliveira. Segundo ela, a página de internet, que ainda não tem endereço, servirá para a PF receber denúncias e rastrear sites que promovam a exploração sexual infantil.

"Isso nos aciona diretamente à PF, o que não podemos fazer atualmente", declarou.

O uso da internet e novas tecnologias para o crime de exploração sexual infantil será o foco do congresso, segundo o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

Embora reconheça que o crime ainda constitui uma "chaga" para o Brasil, Vannuchi disse achar "totalmente intolerável" que haja prostituição de menores de 18 anos no país.

Para a representante do Unicef no Brasil, Marie Pierre Poirier, o Brasil está "no caminho para acabar" com a exploração sexual infantil, mas fatores como a exclusão social e a pobreza ainda contribuem para o problema. Poirier afirmou ainda que o uso da internet para a exploração sexual no Brasil preocupa a ONU. "Temos que ir na base do fenômeno, nas populações pobres", disse.

"A exploração sexual começa no interior, nas populações ribeirinhas, pobres. O turista sexual não é nosso inimigo número 1", disse a subsecretária Carmem Oliveira. Oliveira elogiou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia do Senado. Disse que a CPI já conseguiu "resultados efetivos", como a liberação de parte dos arquivos de sites de internet nos quais podem constar crimes de exploração sexual de menores. (Fonte: Folha Online)
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