Campo Grande 00:00:00 Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025


Saúde Sexta-feira, 26 de Abril de 2013, 11:13 - A | A

Sexta-feira, 26 de Abril de 2013, 11h:13 - A | A

Maternidade diz que repasse de R$ 530 mil do Ministério da Saúde está retido na Prefeitura

Aliny Mary Dias e Karla Machado - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Durante a visita de três vereadores da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal de Campo Grande à Maternidade Cândido Mariano, nesta sexta-feira (26), o diretor da unidade, Alfeu Duarte, afirmou que a unidade enfrenta problemas financeiros e que um repasse de R$ 530 mil feito pelo Ministério da Saúde no dia 14 de março está retido na Prefeitura.

Os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Coringa (PSD) e Dr. Jamal (PR) fizeram uma vistoria na maternidade na manhã desta sexta-feira (26). Conforme o presidente da comissão, Paulo Siufi, todos hospitais que possuem convênio com a Prefeitura serão vistoriados.

“Decidimos vir aqui para escutar e ver se ha irregularidade. Se houver. vamos encaminhar para os órgãos públicos e abrir uma CPI [comissão parlamentar de inquérito] baseada em dados concretos”, afirmou Siufi.

Depois da vistoria, o diretor da maternidade afirmou que a visita serviu para que as irregularidades, segundo ele, sejam mostradas à população. Alfeu está há três meses à frente da direção da unidade e disse que no primeiro trimestre o déficit financeiro foi de R$ 96 mil.

“O dinheiro do SUS não cobre a nossa despesa, temos 150 médicos, 380 funcionários e 60 médicos de plantão. Tudo isso tem custo e não temos dinheiro para pagar nem a folha de atendimento, a ajuda da prefeitura até agora foi zero”, desabafa o médico.

Com as dificuldades financeiras, a maternidade não possui leitos para receber mulheres com gravidez de risco. Segundo o diretor, a unidade tem espaço para criar 21 novos leitos, mas a verba necessária para a aquisição dos equipamentos não é liberada.

“O Ministério da Saúde mandou R$ 530 mil para a maternidade. E o valor está retido com a prefeitura, eles alegamque está retida porque a maternidade não está atingindo a meta. Na verdade estamos ultrapassando a meta de atendimento”, afirma o médico.

O diretor da maternidade afirma que o ofício do extrato foi emitido pelo Ministério da Saúde no dia 14 de março deste ano. “Nós não somos respeitados pelo poder público com as nossas limitações. Ainda uma mãe e uma criança irão morrer nas nossas mãos, é um absurdo”, desabafa Alfeu.

O presidente da comissão de saúde afirmou que os vereadores irão solicitar uma reunião de urgência com o secretário de saúde de Campo Grande, Ivandro Corrêa, para que a situação seja esclarecida.

“A maternidade trabalha no vermelho hoje. Se preciso iremos acionar o MPE e MPF, se não for solucionado, para mim esse dinheiro é caso de CPI, mas vou escutar os outros membros da comissão”, disse Paulo Siufi.

O Capital News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande sobre a denúncia do dietor da Maternidade, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS