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A morte do paciente do HU com suspeita da doença Mal da Vaca Louca acendeu o sinal de alerta sobre o rebanho de Mato Grosso do Sul
O Brasil é classificado com risco insignificante para a transmissão da doença Mal da Vaca Louca através da carne bovina, mas a morte do paciente do HU acendeu o sinal de alerta sobre o rebanho de Mato Grosso do Sul. O Secretário de Estado de Produção da Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas, comentou sobre a remota possibilidade do diagnóstico do paciente que morreu no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HU) em Campo Grande, vir a dar positivo para a doença de Creutzfeldt-Jakob, popularmente conhecida como Mal da Vaca Louca.
Lamas, participou de entrevista coletiva na sexta-feira (31) na sede do Incra e representou o governador Reinaldo Azambuja, na ocasião do lançamento do cronograma de visitas técnicas dos recursos do crédito rural, disponibilizados pelo Plano Safra para Agricultura Familiar.
Para Fernando Lamas não há motivos para preocupações, pois Mato Grosso do Sul tem desenvolvido ações de prevenção a esta doença há muito tempo. “A principal medida adotada pelo Brasil e pelo nosso Estado é evitar que produtos de origem animal sejam utilizados na ração de bovinos. No caso aqui de Campo Grande é precipitado qualquer comentário sobre esse assunto, porque as informações que temos é que não se trata da doença da Vaca Louca. Essa doença tem várias variantes. O governo do Estado está acompanhando o caso e nós estamos atentos e temos a tranquilidade de afirmar que é muito remota a possibilidade de ser confirmado um diagnóstico de Vaca Louca”, afirmou o secretário.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), os exames no paciente que veio a óbito, apontaram para alterações em proteínas causadas por uma doença prionica que apresenta um quadro neurológico e degenerativo. A SES descartou a possibilidade do paciente ter morrido pelo Mal da Vaca Louca, porém, a amostra foi encaminhada para um hospital de São Paulo. Conforme a SES, a doença prionica em humanos pode ser causada por herança genética, contaminação cirúrgica, consumo de carne contaminada ou de maneira esporádica.
A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) de Campo Grande informou por meio de nota, que também está investigando o histórico do paciente. Nos seres humanos, os sintomas da doença da Vaca Louca são perda de coordenação, insônia, perda de memória e demência. Conforme a Sesau, outras formas de se contrair a doença seriam por transfusão de sangue ou ainda má formação genética.
O que é a Vaca Louca?
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da Vaca Louca, é uma enfermidade degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos. É causada por uma proteína chamada príon, que pode estar presente no sangue e tecidos. Isso causa a morte das células do cérebro.
A contaminação ocorre quando o bovino ingere alimentos de origem animal, como farinhas de carnes e ossos. No organismo bovino, o príon pode ficar inativo por uma média superior a cinco anos. Ao se manifestar, atacará principalmente o sistema nervoso do animal, multiplicando-se no cérebro do ruminante. A doença é caracterizada clinicamente por nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção.
De acordo com a Sesau, não há registro de animais doentes em Mato Grosso do Sul. No Brasil, esses casos de transmissão de animais para humanos são raros, com dados quase insignificantes, completa a nota da Sesau.
Joana 09/04/2018
O diagnóstico foi fechado como prions e o corpo teve que ser cremado e sepultamento rápido por causa da manifestação da bactéria (segundo o laudo médico )
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