Produtores realizarão em dezembro o “Leilão da Resistência”, cujos recursos serão destinados às ações de combate às invasões de terras por indígenas em Mato Grosso do Sul. Atualmente são mais de 70 propriedades invadidas ilegalmente por indígenas, que reivindicam a ampliação de reservas, mesmo diante da proibição imposta por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) no caso Raposa Serra do Sol, de Roraima.
Representantes da Acrissul e da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), também diretores da Associação Comercial de Campo Grande, da Assomasul (Associação de Municípios de MS), a ONG Recovê, o MNP (Movimento Nacional de Produtores), Movimento Confisco Não, além de produtores rurais afetadas ou não pelas invasões se reuniram para definir as ações. Participaram também do encontro o deputado estadual Zé Teixeira, que convive há décadas com o problema indígena na região da Grande Dourados.
Para o presidente da Acrissul Francisco Maia é preciso atrair para a causa a opinião pública, através de campanhas de marketing visando esclarecer a população que o problema da insegurança jurídica no campo acaba afetando as cidades e a economia como um todo. O "Leilão da Resistência" é um leilão de doações. O movimento aceita gado, grãos, implementos e máquinas agrícolas, pequenos animais e tudo o que pode contribuir de alguma forma para arrecadar fundos para o movimento.
O leilão acontece às 14 horas do dia 7 de dezembro, uma semana depois do prazo final dado aos envolvidos no conflito para que uma solução definitiva seja dada.