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Rural Sábado, 27 de Junho de 2020, 11:46 - A | A

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PREOCUPAÇÃO

Possível invasão de gafanhotos será debatida por secretários de MS

Comitê irá acompanhar avanço das pragas e traçar possíveis ações para combatê-los, caso entrem no Estado

Gian Nascimento
Capital News

Twitter.com/gobdecordoba

Decretado estado de emergência após nuvem de gafanhoto

Medida foi publicada nesta quinta-feira

Apesar de não haver qualquer registro da presença de gafanhotos nas lavouras de Mato Grosso do Sul, o avanço das pragas na América do Sul têm causado preocupação entre membros do Governo do Estado. Com isso, um comitê será criado para monitorar possíveis invasões dos insetos, conforme ficou definido em reunião entre secretários na última quinta-feira (25).

 

O Comitê contará com a presença de membros da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), do Ministério da Agricultura, da Famasul, da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja) e definirá ações caso venha a ocorrer eventuais ataques de gafanhotos nas lavouras.

 

“Essa praga já é conhecida e vem sendo monitorada há muitos anos. Aqui no Estado nós estamos tomando ações preventivas. Recebemos informação da existência de focos na região do Alto Paraguai, no país vizinho. Não se trata de nuvem, apenas focos. Sabemos que num eventual trajeto em direção ao Brasil, o próprio Pantanal seria uma barreira natural. Mesmo assim estamos discutindo a forma de um combate preventivo, caso seja necessário”, explicou o secretário de Estado, Jaime Verruck.

 

A princípio, a medida tomada será o diálogo com produtores rurais para que informem sobre a presença da praga nas lavouras, caso venha a ocorrer, para que medidas imediatas sejam tomadas, como, por exemplo, o uso de de aeronaves para o combate à praga.

 

Situação no Brasil

O Ministério da Agricultura baixou portaria declarando estado de emergência fitossanitária nas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina devido a uma nuvem de gafanhotos oriundos da Argentina que ameaçavam alcançar o território brasileiro. A chegada de uma frente fria no Sul mudou a direção dos ventos, podendo fazer com que os insetos permaneçam em território argentino ou sejam desviados para o Uruguai.

 

Segundo informações do Senasa (o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina), os gafanhotos surgiram em grandes números em janeiro de 2017 na Bolívia e, posteriormente, foi registrado o mesmo problema no Paraguai. Os dois países receberam ajuda técnica da Argentina, dando origem ao Programa de Gerenciamento Regional de Gafanhotos da América do Sul, que hoje inclui acordos de cooperação técnica.

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