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Rural Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2008, 10:04 - A | A

Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2008, 10h:04 - A | A

Florestas plantadas representarão 35% do PIB de MS dentro de 30 anos

Da redação (LM)

Em 2030, Mato Grosso do Sul pode ter um milhão de hectares de florestas plantadas, que representaria um aumento de 36% no PIB e geraria mais de 170 mil empregos diretos e indiretos no Estado. Esta é a previsão do relatório que embasa o Plano Estadual para Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas, apresentado em 16 de dezembro, em Campo Grande, validado por secretários do governo, representantes de empresas públicas e privadas, empresários e produtores rurais.

Para atingir estes números, entretanto, o relatório indica a formação de um cluster florestal na região leste de Mato Grosso do Sul, identificada como a mais propícia. “A vocação já existe por abrigar algumas grandes empresas, mas outras de pequeno e médio porte podem se beneficiar pela riqueza dos recursos hídricos, mão-de-obra especializada e localização junto às fronteira de outros estados”, explica o gerente de agronegócios do Sebrae/MS, Carlos Alberto do Valle.

O relatório também propôs a criação do Instituto Estadual Florestal, que deverá ser gerido pelo Governo, através da Seprotur - Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo. Segundo o documento, quase 70% do solo de Mato Grosso do Sul é adequado para plantação de florestas, representando cerca de 25 milhões de hectares. “Mesmo que o plano atinja total de um milhão de hectares cultivados, apenas 1,8% das terras do Estado serão ocupadas”, afirma o presidente da Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores (Reflore/MS), Luiz Calvo Ramires Junior.

Com o desenvolvimento da região leste, em 20 anos, a atividade poderá arrecadar R$ 2,4 bilhões em impostos. “Este é um investimento de médio e longo prazo. A silvicultura estará pronta para comercialização após a conclusão do ciclo de seis ou sete anos. Este momento de crise é favorável para iniciar o projeto, já que os custos de produção estão baixos”, comenta Carlos Alberto.

Este é o primeiro documento oficial que retrata o setor e apresenta propostas. Ainda segundo o relatório, 72% da área de Mato Grosso do Sul é usada para pastagem, mas pode ser consorciada com a silvicultura com o objetivo de agregar valor às terras. Entre outras informações, o material também apresenta que o relevo, solo e clima são favoráveis ao plantio florestal e a disponibilidade de linhas de crédito são bastante atrativas. "Com os dados validados, o Governo, Sebrae e iniciativa privada podem estruturar ações para o efetivo desenvolvimento do setor", comenta a gerente de gestão estratégica do Sebrae/MS, Sandra Amarilha.

O material apresentado está alinhado com o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), desenvolvido pelo Governo de MS, respeitando as ações que já estão em andamento. Em janeiro, o grupo se reunirá no Sebrae/MS para avaliar as sugestões de alterações propostas pelos participantes do evento e concluir o Plano Estadual para o Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas e iniciar as ações já em 2009. (Sebrae/MS)

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