Mais de 100 desempregados de frigoríficos de Campo Grande e região foram hoje cedo à Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul pedir o apoio dos parlamentares para reverter esse quadro no Estado. Liderados pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Campo Grande e Região, Rinaldo de Souza Salomão e pelo presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Mato Grosso do Sul – FTIA/MS, Vilson Gimenez Gregório, homens e mulheres lotaram dois ônibus e foram até àquela Casa de Leis. A sessão ordinária já havia terminado, por volta das 11h30 e eles foram recebidos, no plenário, pelos deputados do PT, Pedro Teruel e Amarildo Cruz.
Os parlamentares pediram que o grupo retornasse amanhã (15) oportunidade em que uma liderança de classe poderá usar a tribuna para falar do drama que centenas de famílias estão atravessando com o desemprego provocado pelo fechamento de 15 frigoríficos em Mato Grosso do Sul, que já demitiu mais de 8 mil trabalhadores.
“Queremos o apoio dos parlamentares e do governo do Estado para que novas frentes de trabalho possam abrir e empregar nossos companheiros”, comentou Rinaldo Salomão. Ele explicou aos deputados que o pessoal demitido de frigoríficos que eram voltados para o mercado de exportação é preparado, tecnicamente, diferente daqueles desempregados de empresas que abastecem o mercado interno. Daí a dificuldade de retornarem ao emprego. “Nosso pessoal não tem passado nos testes que têm prejudicado a admissão”, comentou. O sindicalista pede que as empresas contratem e promovam curso para as pessoas assimilarem as tecnologias que utilizam. “Como são pessoas hábeis na atividade frigorífica, fica muito mais fácil o aprendizado”, explica.
O presidente da FTIA/MS, Vilson Gimenez reforçou a necessidade das empresas facilitarem a contratação de pessoal que já atuou em indústria frigorífica. “As pessoas estão passando necessidades. Precisam de novas oportunidades de emprego”, afirmou.
