Na reunião, Stephanes refutou as críticas feitas pela Irlanda. "Foi um encontro muito bom para desfazer o mal-estar que estava havendo", contou. O ministro explicou que a reunião foi "pesada" porque o "clima é de muita crítica por parte da Irlanda e também por parte do presidente da comissão". "Os parlamentares estão sofrendo pressão. A reunião foi pesada, mas depois da apresentação de cada um dos pontos de vista, ela terminou bem", afirmou ele, que falou, de Frankfurt, com os jornalistas brasileiros pelo sistema viva-voz.
Em meados deste ano, os irlandeses fizeram uma visita "independente" ao Brasil e elaboraram um relatório que mostra graves problemas no sistema sanitário brasileiro. Para o ministro, o convite tem como objetivo "evitar ou diminuir as pressões políticas e comerciais". "Agora ficou muito claro que o Brasil é transparente e tem suas portas abertas. Quem quiser nos visitar não precisa enviar missões clandestinas", disse.
De acordo com Stephanes, os parlamentares podem escolher visitar qualquer um dos 82 frigoríficos ou qualquer uma das 20 mil propriedades habilitadas a exportar carne bovina para a União Européia. Até a visita, o ministro espera uma trégua dos pecuaristas irlandeses. "Os argumentos que nós colocamos na mesa foram muito positivos. Acreditamos que essa pressão vai diminuir", disse. Ele não acredita na possibilidade de a Europa embargar o produto brasileiro. "O Brasil está trabalhando direito e isso foi reconhecido. Nós temos condições de cumprir todas as exigências", disse.No encontro, os parlamentares reapresentaram uma lista de exigências para a manutenção das importações brasileiras. As exigências são conhecidas, disse Stephanes, ao citar a reformulação do sistema de Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação estadual e interestadual de rebanhos.
Outra exigência é o teste de eficiência de vacina, modelo que será aplicado a partir de dezembro deste ano. Os parlamentares europeus também cobraram ações de controle sanitário na fronteira do País. Em relação à rastreabilidade dos rebanhos, o ministro disse que o sistema está em fase de implantação. "Nós vamos atender (a exigência da rastreabilidade) até o final do ano", garantiu.
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