Mas – esse é o novo alerta que se faz – já há quem afirme que se no momento os problemas de abastecimento e preço do milho já são enormes, no segundo semestre se tornarão “homéricos”. Porque, basicamente, o Brasil se transformou no último “quintal” do mundo onde ainda há milho não-OGM. E isso está levando, antes mesmo da colheita, a maior parte da produção brasileira.
A avicultura não tem nada contra – até pelo contrário, defende a plena liberdade de comercialização do grão segundo as leis de mercado. Somente deseja – e vai lutar por isso – que essa liberdade tenha duas mãos, permitindo-se igualmente a importação do grão, “conforme as necessidades de mercado”.
Sob esse aspecto, aliás, o setor comenta que as exportações vêm afetando e encarecendo a produção de carne e ovos até no aspecto tributário, visto que até mesmo os grandes estados produtores de milho acabam sendo obrigados a importar o produto de outros estados ou regiões e são, neste caso, onerados pelo ICMS. Enquanto isso, o produto exportado não recolhe PIS, Cofins ou ICMS e ainda recebe subsídio no frete.
Pior, porém, é que os reflexos do tratamento diferenciado se estendem também ao campo social. Pois ao se encarecer a produção e o produto final, estão sendo postas em risco atividades que geram centenas de milhares de empregos e que são hoje responsáveis pela retenção do homem no campo.
Por fim – e para não se dizer que o aspecto econômico foi esquecido – não custa lembrar que ao facilitar o escoamento da produção interna e encarecer o produto interno, se está favorecendo o produtor externo de carnes, em detrimento do produtor interno. E mais: tirando do mercado externo um produto com alto valor agregado, ao contrário dos grãos, simples commodities.
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