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Rural Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2009, 15:58 - A | A

Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2009, 15h:58 - A | A

Açúcar remunera melhor que o álcool no Centro-Sul

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Os preços do açúcar acumularam alta de quase 27% no mercado interno em janeiro segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Além da entressafra da cana no Centro-Sul do país, que reduz a oferta do produto, a perspectiva de menor produção mundial da commodity tem ajudado a dar sustentação às cotações. Na sexta-feira, a saca de 50 quilos encerrou a R$ 41,41, segundo o índice Cepea/Esalq.

"Houve uma mudança estrutural do mercado. Nas últimas três safras o mercado internacional estava superavitário [para açúcar]", afirmou Júlio Maria Martins Borges, presidente da consultoria Job Economia e Planejamento.

A queda da produção da Índia, o maior consumidor mundial de açúcar e segundo maior produtor, mudou os rumos do mercado. Na sexta-feira, o governo indiano autorizou importações da commodity isentas de tarifas pela primeira vez em três anos para evitar o aumento dos preços no mercado interno, informou a agência Bloomberg.

O açúcar, pela primeira vez nesta safra 2008/09, está remunerando melhor que o álcool, segundo Martins Borges. O produto (açúcar cristal) está pagando 15% mais que o etanol combustível (posição verificada na semana passada). Na sexta-feira, os preços do álcool combustível encerraram mistos, segundo informou o Cepea. O litro do álcool hidratado fechou a R$ 0,8056 (sem impostos), inalterado em relação à semana anterior. O anidro fechou a R$ 0,8811 (sem impostos), aumento de 0,5% sobre a semana anterior.

Para Martins Borges, as usinas deverão começar a próxima colheita no Centro-Sul entre os meses de abril e maio. "Dificilmente haverá uma antecipação da safra como ocorreu nos últimos três anos", disse. Além do clima chuvoso, a crise financeira pela qual as usinas passam não estimula a antecipação da moagem. "Os preços da próxima safra serão mais remuneradores que os da atual."  (Com informações do Rural News MS)

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