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Política Quarta-feira, 30 de Novembro de 2016, 12:26 - A | A

Quarta-feira, 30 de Novembro de 2016, 12h:26 - A | A

Crise

Secretário de Azambuja pede cautela e oposição desconfia de medidas impopulares

Governo prevê aumento de apenas 3% na arrecadação

Wendell Reis
Capital News

Deurico/Capital News

Secretario Riedel na Fiems com Longen e empresarios

Secretário Estadual de Governo e Gestão Estratégica Eduardo Riedel

O secretário de Governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), Eduardo Riedel, foi a Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (30) para falar sobre o orçamento para o ano de 2017. O secretário pediu cautela aos deputados, por conta da crise, mas ainda não apresentou mudanças.


A oposição ouviu atentamente as ponderações e desconfia de medidas impopulares do Governo do Estado. Segundo Pedro Kemp (PT), Riedel ressaltou que a previsão é de aumento de apenas 3% na arrecadação, bem abaixo de anos anteriores, entre 11 e 12%. Com isso, o governo prevê medidas de ajuste.


Riedel não revelou o que será feito, mas Kemp citou como exemplo a possibilidade de aumento do desconto dos servidores para Previdência ou até aumento zero no salário do próximo ano.


A previsão nada animadora  é feita com base na falta de recursos. Kemp lembra que em outros anos o Governo do Estado contou com aumento do imposto, renegociação da dívida e antecipação de depósitos judiciais, que ajudaram a desafogar.  Agora, entende que o governo deve procurar outras medidas, adotando algumas impopulares.


Riedel confirmou a previsão de dificuldades para o Governo do Estado, principalmente por conta do aumento de despesas e arrecadação estagnada. Neste sentido, a visita serviu para falar de orçamento, mas também da necessidade de todos se ajudarem para combater a crise.


Indagado sobre as medidas, que incluem previdência e reajuste zero, Riedel não confirmou, mas também não negou. Ele defendeu mudanças na atual Previdência, que faz o governo repassar R$ 800 milhões para cobrir desfalque. Em relação a salário, o secretário disse que é cedo para falar sobre o assunto.


Segundo Riedel, não há previsão de novos aumentos de imposto. Ele afirmou que a discussão passa por corte de despesas. “As mudanças serão cirúrgicas, definindo prioridades”, concluiu.

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