Na manhã desta segunda-feira (17), durante lançamento da pedra fundamental do hospital da Caixa de Assistência aos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), o senador Delcídio do Amaral (PT) afirmou que o Partido dos Trabalhadores esteve ao lado do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) até o momento em que foi cassado pela Câmara Municipal.
Segundo Delcídio, a postura adotada pelo PT no dia do julgamento de Bernal foi amplamente discutida e o partido manteve sua posição de aliado. “Ninguém pode falar sobre a postura do PT, no dia do julgamento o partido esteve ao lado do Alcides, e isto é postura política”, disse.
O deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT) também participou do evento e teceu duras críticas à saída de Bernal da Prefeitura de Campo Grande.“Foi uma situação constrangedora, uma vingança de quem perdeu, vingança do PMDB”, afirmou.
O senador relembrou que desde o início da gestão de Bernal houve uma guerra entre o Legislativo com o Executivo, o que não contribuiu para o desenvolvimento da cidade, e sabendo da situação o ex-prefeito deveria ter adotado outra postura.
“Na primeira tentativa de Impeachment , o Alcides rompeu o ano com 12 vereadores aliados, com possibilidade de ampliar para 15, mas na política você tem que agir, você enfrenta uma posição de beligerância e não age?”, questionou Delcídio, que em seguida reafirmou que apesar de ter ganhado as eleições sozinho, o ex-prefeito não deveria ter tentado governar da mesma maneira.
“Todos os casos em que a pessoa tenta governar sozinha não terminam bem”, analisou.
O pré-candidato ao governo do Estado ainda avaliou que o novo prefeito Gilmar Olarte (PP) tem se articulado corretamente ao chamar todos os partidos para um diálogo. Delcídio aproveitou o ensejo e detalhou que Campo Grande tem uma carteira de quase R$ 1 bilhão junto ao governo federal para projetos como Mobilidade Urbana e Qualificação de Vias e, um dia depois da cassação de Bernal, a União liberou R$ 75 milhões para a infraestrutura urbana da cidade.