Petistas incendeiam boneco de Zeca em Aquidauana

Membros, integrantes e ex-integrantes do Partido dos Trabalhadores de Aquidauana fizeram um boneco representando o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT e o incendiaram no centro da cidade no último sábado.

O boneco percorreu as ruas do município no capô do carro do professor Roberto Botareli, petista histórico de Aquidauana e integrante da direção da Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (Fetems). O boneco ainda trazia a inscrição “traidor”. Num dos braços, o boneco segurava uma embalagem cheia de cachaça, feita de plástico.

A malhação do boneco e o fogo teve início durante a comemoração, em carreata, da eleição do prefeito da cidade, Fauzi Suleiman que é do PMDB.

O fogo foi colocado no fim da carreata, quando o boneco foi posto em frente ao palanque em que estavam o prefeito eleito, o vice Vanildo Neves (PSDB), os vereadores Cipriano Mendes (PT) e Corrêa Filho (PP); além de lideranças de vários partidos. Centenas de militantes do PT acompanharam o ato, aplaudindo a ação.

Quem jogou álcool e riscou o fósforo para iniciar o incêndio foi o professor Roberto Botareli, que foi observado pelo suplente do senador Delcídio do Amaral, e vice-presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Ordalino Cunha.

O prefeito eleito, Fauzi Suleiman, em cima do trio elétrico Jacaré do Pantanal, aguardando a vez de falar ao povo reunido em frente, apenas observou a cena, sem nada comentar.

Razão
Na eleição municipal de 2004, o então governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, não apoiou o candidato a prefeito do partido, Fauzi Suleiman. Ele preferiu ficar com o candidato da situação, o sobrinho do então deputado estadual Roberto Orro (PDT) e prefeito de Aquidauana, Luiz Felipe Ribeiro Orro (PDT), que foi reeleito.

Neste ano, novamente Zeca deixou de apoiar o candidato Fauzi Suleiman, que saiu do PT e filiou-se ao PMDB. O PT de Aquidauana, em convenção municipal, decidiu apoiar o candidato do PMDB, que terminou vencendo o pleito, com 62% dos votos e com o apoio do governador André Puccinelli (PMDB) e dos senadores Delcídio do Amaral (PT-MS), Valter Pereira (PMDB-MS) e Marisa Serrano (PSDB-MS); além de deputados federais e estaduais.