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Política Sexta-feira, 26 de Maio de 2017, 09:38 - A | A

Sexta-feira, 26 de Maio de 2017, 09h:38 - A | A

Pós-delação

MPE investiga concessão de incentivos fiscais à JBS no estado

O fato tornou-se público após as delações dos irmãos Batista, donos da JBS

Maisse Cunha
Capital News

O Ministério Público Esatadual (MPE) instaurou investigação sobre a concessão benefícios fiscais à rede de frigoríficos JBS no estado. O processo tramita em sigilo. O MPE não informou quem é o alvo da investigação, nem qual período é investigado.

Deurico Ramos/Capital News

MPE investiga concessão de incentivos fiscais à JBS no estado

Os três últimos governadores do estado são citados nas delações


As denúncias de pagamento de propina vieram à tona após a divulgação dos depoimentos dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, em acordo de colaboração premiada, referendado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Wesley Batista disse, em depoimento à Procuradoria-Geral da República, que entre os anos de 2007 e 2016, Reinaldo Azambuja (PSDB) e o ex-governador André Puccinelli (PMDB) teriam recebido cerca de R$150 milhões em propina da JBS, em troca da redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).


Segundo o empresário, o esquema começou quando o deputado federal Zeca do PT foi eleito para o governo do estado, em meados de 2000. “Como este fato é de 2003, não temos mais o registro de quanto foi pago, nem a forma como foi pago”, afirmou Batista.

O dono da JBS afirmou que Puccinelli teria recebido R$ 30 milhões em espécie, e levado mais R$ 60 milhões via “doleiro”.

Batista diz que Azambuja operava o próprio esquema. “O próprio governador tratava comigo. O Boni ia lá no palácio do governo em Campo Grande. Essas notas, o Boni pegou em mãos com o governador e processou o pagamento. Mesma coisa, incentivos fiscais para redução de ICMS. Vários incentivos são legítimos e alguns, se não me falha a memória, um não foi cumprido, simplesmente para reduzir o pagamento. Você só conseguia o termo de acordo se pagasse, se não pagasse não conseguia", disse em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR).



 

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