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Política Segunda-feira, 30 de Setembro de 2019, 17:34 - A | A

Segunda-feira, 30 de Setembro de 2019, 17h:34 - A | A

Governo do Estado

Campo Grande vai ter programa que leva segurança aos indígenas

Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do Brasil

Adriana Ximenes
Capital News

Chico Ribeiro

Campo Grande vai ter programa que leva  segurança aos indígenas

Governo do Estado cria conselhos para atender indígenas

 

Foram criadas em julho deste ano, os Conselhos Comunitários de Segurança nas aldeias indígenas, que  irá dobrar a proteção das comunidades em Mato Grosso do Sul,  os dois primeiros grupos, nas aldeias Bororó e Jaguapiru, ambas em Dourados

 

Os próximos já estão em fase de implantação nas aldeias Teykue, em Caarapó, e Água Bonita, em Campo Grande.A informação é do coordenador estadual de Polícia Comunitária, Coronel Carlos de Santana Carneiro. “Com esses conselhos criamos uma proximidade maior com essas comunidades, com palestras nas escolas, rondas policiais e orientações, e já tivemos redução em roubos e furtos”, disse.

 

Os Conselhos Comunitários são grupos de pessoas que se reúnem para discutir, analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas comunitários de segurança, desenvolver campanhas educativas e estreitar laços de entendimento e cooperação.

 

Relatório do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) divulgado na terça-feira mostra que os povos indígenas em todo o país ainda estão muito vulneráveis à violência. De acordo com o documento, o número de assassinatos de indígenas no Brasil aumentou de 110, em 2017, para 135, em 2018, um crescimento de 22,7%.

 

A criação dos conselhos é do Governo do Estado para atender os indígenas. Em 2015, ao assumir o cargo de governador, Reinaldo Azambuja criou a Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas para População Indígena. Dentro da política de transversalidade entre as secretarias praticamente todas têm ações específicas para as comunidades indígenas.

 

Um exemplo é o projeto “MS na Mobilização pela Erradicação do Sub-registro Civil de Nascimento e Acesso à Documentação Básica nas Fronteiras”, uma parceria entre governos do Estado e Federal para garantir documentos como certidão de nascimento e documento de identidade (RG) e dar oportunidade aos indígenas para exercerem cidadania e ter acesso ao mercado de trabalho e aos serviços públicos, como atendimento no sistema público de saúde.

 

Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do Brasil, com mais de 73 mil pessoas de oito etnias (Atikum, Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva, Guató, Kadiwéu, Kiniquinau, Ofaié e Terena), segundo o último Censo do IBGE.

 

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