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Política Quinta-feira, 21 de Agosto de 2025, 09:22 - A | A

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Soraya Thronicke promete lutar contra redução das cotas femininas no Senado

Parlamentar sul-mato-grossense critica barragem de propostas para ampliar a participação das mulheres na política

Viviane Freitas
Capital News

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) se manifestou com firmeza nesta quarta-feira (20) sobre a tentativa de retrocesso nos direitos das mulheres na política. Em seu discurso, ela criticou a rejeição arbitrária de propostas que visam aumentar a participação feminina nas esferas políticas e chamou atenção para a não aceitação de emendas importantes para o avanço da paridade.

“Eu, Soraya, gostaria de votar a favor da paridade. Nem esse direito eu tenho. Protocolei uma emenda tratando da paridade 50-50. Um, então, relator, rejeitou sob o argumento de que ela não vai passar. Acolher uma emenda não significa que ela vai passar ou não. Mas não acolher dizendo que ela é meritória, porque já anteviu que não vai passar, aí é algo que nós não podemos aceitar”, destacou, demonstrando frustração com a decisão da Casa.

A senadora também destacou sua insistência em levar a pauta adiante, mesmo diante das dificuldades: “Eu vou insistir até o último minuto, e vai ficar muito feio, presidente, para este Senado uma situação de simplesmente não permitir nem que nós trabalhemos em favor disso”, afirmou, sinalizando sua disposição em lutar pelo avanço da equidade de gênero na política.

Outro ponto que gerou indignação foi a proposta que visa reduzir a cota mínima de 30% para candidaturas femininas. Thronicke declarou que, se aprovada, essa medida será uma grave violação dos direitos das mulheres, afirmando que tal decisão não prevalecerá: “Quanto à perda da garantia de 30% de candidaturas, eu posso dizer com toda tranquilidade: mesmo que passe a garantia de 20 cadeiras femininas e não passe a manutenção dos 30% de candidaturas, não há como isso prevalecer, porque existe a proibição da regressão de um direito fundamental."

Para finalizar, a senadora fez questão de frisar que, se a proposta for aprovada, recorrerá à Justiça para garantir que os direitos das mulheres sejam respeitados: “Estou jogando muito limpo e muito claro que nós não percamos mais tempo em relação a isso. Não adianta tirar os 30% porque nós vamos ganhar na Justiça.”

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