Da assessoria

Ex-governador Reinaldo Azambuja durante a entrevista no Programa Tribuna Livre da Capital FM
Após meses de silêncio, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), voltou à cena política nesta segunda-feira (28) com uma declaração forte: disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo “extremamente injustiçado” e garantiu que, se for elegível, Bolsonaro será o candidato de seu grupo político no Estado.
Azambuja confirmou que deve se filiar ao PL ainda em agosto, com apoio do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e do próprio Bolsonaro. Ele assumirá o diretório estadual do partido e já tem vaga assegurada na disputa pelo Senado em 2026. O ex-governador falou em “unir a direita” e montar uma bancada com até quatro deputados federais e sete estaduais.
Enquanto isso, o atual governador Eduardo Riedel (PSDB) também prepara a saída do partido. Ele deve se filiar ao PP, comandado pela senadora Tereza Cristina, com quem firmou um pacto político. A mudança visa estruturar uma aliança à direita, com Reinaldo no PL e Riedel no PP, cada um à frente de uma sigla forte para as eleições de 2026.
Azambuja fez as declarações durante entrevista ao programa Tribuna Livre, na FM Capital. Ele defendeu Bolsonaro, comparando sua situação à própria experiência com investigações no passado:
“Se o presidente Jair Bolsonaro puder ser candidato, é ele o nosso candidato. Acho que ele está sendo extremamente injustiçado. Já passei por isso também.”
Ele também criticou a diferença de tratamento entre Bolsonaro e Lula, apontando que Bolsonaro ainda não foi condenado, enquanto as condenações de Lula foram anuladas para que ele pudesse disputar as eleições.
A movimentação de Azambuja e Riedel deve redefinir o cenário político de Mato Grosso do Sul, consolidando a hegemonia da direita no Estado. Enquanto isso, nomes como o deputado Beto Pereira estudam deixar o PSDB e migrar para o PL. Outros devem seguir na legenda, que pode se fundir com o Podemos.
Tribuna Livre - 28/07/2025