O acesso à ponte sobre o rio Paraguai, em Porto Murtinho, avança em ritmo considerado normal após paralisações causadas pelas chuvas das últimas semanas. O trecho de 13,63 quilômetros, fundamental para a concretização do Corredor Bioceânico, está sendo executado pelo Consórcio PDC Fronteira, com investimento de R$ 472,4 milhões e fiscalização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Durante reunião do Comitê Estadual da Rota Bioceânica (Cegrota), os engenheiros Ricardo de Mello Scaliante, chefe do Serviço de Planejamento e Projetos, e Euro Nunes Varanis Junior, superintendente regional do DNIT em Mato Grosso do Sul, detalharam o andamento da obra, que já concluiu a etapa de elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia.
Atualmente, os trabalhos estão focados na limpeza da faixa de domínio, com 94,5% da etapa concluída, e na execução do aterramento e passagens de nível, etapas preparatórias para a implantação da pavimentação.
Segundo o DNIT, o empreendimento enfrenta grandes desafios técnicos devido às condições de solo alagado da região e à complexidade da infraestrutura prevista. O contrato contempla:
A construção de um contorno rodoviário em Porto Murtinho;
Implantação e pavimentação da rodovia de acesso à ponte;
Edificação de um Centro Aduaneiro de Controle de Fronteira, com área total construída de 10.758,41 m², em um platô de 25,6 hectares.
O centro contará com 240 vagas para caminhões, destinadas à inspeção, 36 vagas para liberação rápida, 14 para ônibus de passeio e 38 para veículos de passeio. Ao longo do trecho de acesso, também serão construídos bueiros, galerias, pontes vazantes para o fluxo da fauna e drenagem, além da elevação do leito da rodovia para garantir a trafegabilidade em período de cheias.
Apesar das adversidades climáticas, a obra segue em ritmo considerado regular. “As chuvas atrasaram momentaneamente, mas as atividades foram retomadas e seguem dentro da normalidade”, afirmou Euro Nunes Varanis Junior.
A previsão é de que tanto a ponte quanto a alça de acesso sejam concluídas em 2026, consolidando um importante elo logístico para o comércio internacional entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, até os portos do Oceano Pacífico.