A Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul absolveu o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, das acusações de associação criminosa e estelionato. A denúncia havia sido apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPMS), mas a decisão beneficiou também outros dois envolvidos, Diego Aparecido Francisco e Alessandra Carrilho de Araújo.
Segundo a acusação, apresentada em 2023, o trio teria enganado um casal para obter vantagem financeira de forma ilícita. Olarte teria oferecido um imóvel que não lhe pertencia, enquanto Diego Francisco, se passando por advogado especialista em imóveis, intermediou a transação e recebeu R$ 350 mil das vítimas. Alessandra, gerente de banco, foi acusada de facilitar transferências e autorizar empréstimos indevidos que somaram R$ 800 mil.
A defesa de Olarte negou todas as acusações e afirmou que o ex-prefeito apenas apresentou o casal a um dos envolvidos. “O Poder Judiciário reconheceu, por sentença devidamente fundamentada, que as acusações são totalmente improcedentes e não constituem crime”, disse o advogado em nota.
Conforme o MP, o casal conheceu os envolvidos através de conversas com o pastor da igreja que frequentavam e demonstrou interesse em comprar um imóvel. Eles foram direcionados a Diego Francisco e, posteriormente, à gerente de banco, que abriu conta e autorizou os empréstimos. Mesmo pagando integralmente pelo bem, as vítimas nunca receberam o imóvel.
O Ministério Público entrou com recurso, alegando erros e contradições na decisão, mas os embargos foram rejeitados, e a absolvição de Gilmar Olarte e dos demais acusados foi mantida pela Justiça.