Durante evento em São Paulo nesta terça-feira (21), o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, destacou que Mato Grosso do Sul pretende ampliar sua área de florestas plantadas dos atuais 1,8 milhão para 2,5 milhões de hectares nos próximos três anos. Segundo ele, o crescimento será baseado em práticas sustentáveis e deve reforçar o papel do estado na cadeia da bioindústria e economia verde.
O painel, promovido pela Bracell em parceria com o jornal Valor Econômico, reuniu autoridades e especialistas de todo o país. Verruck reforçou a visibilidade internacional do setor florestal sul-mato-grossense, lembrando que 92% da produção de celulose é exportada. “Esse nível de exposição exige práticas sustentáveis cada vez mais rigorosas”, afirmou o secretário.
Ele também pontuou a importância da legalidade e da certificação nas operações do setor. “Empresas como a Bracell e a Suzano não operam sem análise ambiental e compensações legais. A certificação florestal, muitas vezes, é mais exigente que o próprio licenciamento”, explicou Verruck. Outro desafio citado é a falta de reconhecimento do eucalipto plantado como ativo de carbono pelo IPCC, o que o setor busca reverter com propostas na COP30.
Com base no avanço de empresas como Bracell, Suzano e Eldorado, o Estado trabalha com uma meta concreta: atingir os 2,5 milhões de hectares até 2028. “Se consolidarmos as duas plantas, chegaremos a essa área plantada. Mas é preciso considerar também cerca de 700 mil hectares de preservação obrigatória”, informa Verruck.
Projeções no Vale da Celulose
Para os próximos anos, o secretário Jaime Verruck destacou que o Estado deverá passar por o que considera um crescimento chamam de “biológico”. Segundo ele, a projeção envolve o desenvolvimento do cenário dos 2,5 milhões de hectares no Vale da Celulose. “Este é o nosso projeto. Se consolidarmos a Bracell e a segunda planta da Eldorado, utilizaremos 2,5 milhões de hectares plantados. Essa é a nossa previsão: alcançar 2,5 milhões em três anos. Existe, contudo, um horizonte de expansão. Esse horizonte já está sendo considerado, situando-se nesta mesma área. Atualmente, estamos em 1,881 (milhão de hectares) para chegar a 2,5. Uma planta desse tamanho. Portanto, é necessário considerar também a área de preservação, que deve ser, no mínimo, de 700 mil hectares. Essa é a área plantada para uma única planta”, finalizou.
Arquivo/Ricardo Stuckert/PR

Mato Grosso do Sul espera atingir 2,5 milhões de hectares de florestas plantadas nos próximos três anos
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